Sexta-feira, 18 de Outubro de 2024

Home Economia PIB dos Estados Unidos cresce mais que o esperado no segundo trimestre

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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,8% no segundo trimestre, considerando a taxa anualizada, acima da expectativa de mercado. O resultado foi impulsionado pelo consumo das famílias, que também avançou mais que as projeções, e reforça o cenário de que um corte de juros não deve ocorrer na reunião deste mês.

Analistas ouvidos pela Bloomberg esperavam crescimento de 2% tanto da economia americana no período como também do gasto das famílias. Este último teve expansão de 2,3%, bem acima do 1,5% nos três primeiros meses do ano.

“Os dados de hoje reforçarão a ideia de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) tem o benefício do tempo. Na visão do Fed, não há necessidade de apressar (o corte) com a demanda doméstica privada crescendo a um ritmo sólido durante o segundo trimestre”, disse o economista Neil Dutta, da Renaissance Macro Research.

Na última reunião do Fed, em junho, os diretores votaram unanimemente para manter a taxa básica de juros na faixa de 5,25% a 5,5%. Também disseram que havia espaço para um corte de juros neste ano e novas baixas em 2025.

O ritmo de crescimento da economia americana no segundo trimestre foi maior que nos três primeiros meses do ano, quando o PIB avançou 1,4% na taxa anualizada, mas foi menor do que em igual período do ano passado.

A inflação ao consumidor excluindo alimentos e energia, por sua vez, subiu 2,9% no trimestre, de acordo com o relatório do Bureau of Economic Analysis, também divulgado nesta quinta-feira. Foi acima do esperado, mas menos que no primeiro trimestre, quando o índice subiu 3,7%.

A desaceleração da inflação é sinal de que a manutenção dos juros elevado está fazendo efeito, segundo analistas. Por isso, muitos deles preveem que haja uma redução da taxa no encontro do Fed de setembro.

“Os dados mais fortes do que o esperado do PIB e os dados de inflação sugerem que o Fed deve ser cauteloso, mas é improvável que altere as expectativas do mercado para um corte de juros em setembro”, disse John Lynch, do Comerica Wealth Management.

Inversão

Por volta de 12h30 (Hora de Brasília), as bolsas de Nova York inverteram a queda que apresentaram na abertura das negociações desta quinta-feira, correspondendo ao dado. Mas, ainda assim, elas encerraram o dia sem direção única: O Dow Jones fechou o dia em alta de 0,2%, aos 39.935 pontos. O S&P 500 recuou 0,51%, aos 5.399 pontos, enquanto o Nasdaq também apontou para baixo, com queda de 0,93% ais 17.181 pontos.

Ainda com receio após a divulgação dos resultados do Google, os papéis das big techs caíram: Alphabet caiu 0,64%; Meta recuou 1,7%; Apple perdeu 0,48%; Microsoft também diminuiu 2,45%; a Nvidia recuou 1,72%.

“Um PIB mais forte no segundo trimestre e um aumento sólido na demanda doméstica privada final ajudarão a aliviar qualquer preocupação crescente entre os membros do Fed sobre uma desaceleração iminente na atividade. Isso irá mantê-los confortáveis em esperar para cortar as taxas após a reunião do comitê na próxima semana”, aponta o Citi. O banco vê o início do ciclo de afrouxamento monetário por lá iniciando em setembro.

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