Domingo, 24 de Novembro de 2024

Home Eleições 22 “Pior do que tá” fica: Tiririca é o eleito com menos votos em São Paulo

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Quando foi eleito pela primeira vez, em 2010, Francisco Everardo Silva, o ex-palhaço Tiririca, foi o deputado mais votado do País, com 1,3 milhão de votos. Na época, seus bordões “Vote no Tiririca, pior do que tá não fica” e “O que é que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei, mas depois eu te conto” ficaram muito famosos. No último domingo (2), no entanto, quando disputava uma vaga na Câmara para o seu quarto mandato, acabou com 71.754 votos, sendo o parlamentar menos votado de São Paulo.

Em seu primeiro mandato, por conta do quociente eleitoral, “puxou” outros três candidatos de sua coligação para a Câmara: Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e o delegado Protógenes Queiroz (PCdoB).

Agora, em 2022, precisou desse mesmo método. Dessa vez, para ele ser o “puxado”. Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, todos do mesmo partido de Tiririca, o PL, figuraram entre os mais votados do Estado, ficando atrás somente de Guilherme Boulos (PSOL).

A queda na popularidade do ex-palhaço, no entanto, não é mais uma das surpresas dessa eleição. De 2018, quando foi o quinto deputado mais votado de São Paulo, com 453.855 eleitores, para cá, quando foi o menos, ele perdeu ao todo 382.101 votos.

No começo do ano, quando Eduardo Bolsonaro entrou no Partido Liberal e pegou o número 2222, usado por Tiririca desde 2010, o ex-palhaço cogitou desistir da candidatura. Essa decisão foi mudada em agosto.

Outros famosos

Muitos famosos (entre ex-atletas, artistas, jornalistas, cantores e influenciadores) entraram na disputa por uma cadeira no Executivo ou Legislativo de vários Estados.

Divididos entre apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) – que disputam o segundo turno para Presidente da República –, nomes como Romário, Leci Brandão, Mário Frias e Thiago Gagliasso, por exemplo, saíram vitoriosos das urnas.

Por sua vez, Alexandre Frota, André Gonçalves, Andréa Sorvetão e Antônia Fontenelle, entre muitos outros, foram derrotados. A seguir, veja quem se deu bem e quem se deu mal nesta disputa:

Eleitos

— Romário (PL): Apoiador de Jair Bolsonaro, o “baixinho”, campeão do mundo na Copa de 1994, foi reeleito senador pelo Rio de Janeiro, para o mandato de 2023-2031. Ele conseguiu mais de 2,3 milhões de votos, o que representa 29% dos votos válidos.

— Leci Brandão (PCdoB): De esquerda, a sambista foi reeleita deputada estadual por São Paulo. Este será seu quarto mandato. Leci recebeu cerca de 90 mil votos.

— Mário Frias (PL): O polêmico ex-secretário especial da cultura do governo Jair Bolsonaro foi eleito deputado federal por São Paulo. Frias recebeu cerca de 122 mil votos.

— Maurício do Vôlei (PL): Campeão olímpico na Rio 2016, Maurício foi eleito deputado federal por Minas Gerais. O ex-atleta causou polêmica no final do ano passado, ao criticar a sexualidade do filho do Super-Homem em uma HQ. Em 2022, se filiou ao partido de Jair Bolsonaro e recebeu 83 mil votos.

— Thiago Gagliasso (PL): Aliado de Bolsonaro, o polêmico irmão de Bruno Gagliasso (os dois não se dão bem por divergências políticas, entre outros assuntos) teve mais de 100 mil votos e conseguiu uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

— Túlio Gadêlha (Rede): O namorado de Fátima Bernardes foi reeleito deputado federal pelo Estado do Pernambuco. Apoiador de Lula, ele recebeu mais de 134 mil votos.

Não eleitos

— Alexandre Frota (PSDB): Ex-marido de Cláudia Raia e ex-ator de filmes adultos, Alexandre Frota tentava se reeleger deputado federal por São Paulo. Em 2018, ele foi eleito com 155 mil votos. Desta vez, recebeu cerca de 24 mil votos.

— André Gonçalves (PV): Preso recentemente por conta de atrasos no pagamento da pensão da filha, o ator se candidatou a deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Recebeu pouco mais de dois mil votos e não conseguiu se eleger.

— Andréa Sorvetão (Republicanos): A ex-paquita não conseguiu se eleger deputada federal pelo Rio de Janeiro, conquistando apenas 1,6 mil votos.

— Ariadna (PSB): A ex-“BBB”, e primeira mulher trans no reality show, tentou uma vaga na Câmara dos Deputados em Brasília/DF. Ela teve quase 5 mil votos e não conseguiu se eleger.

— Antônia Fontenelle (Republicanos): A atriz, apoiadora de Jair Bolsonaro nas redes sociais, quase se elegeu deputada federal pelo Rio de Janeiro. Ela chegou a receber mais de 30 mil votos, a sexta mais bem votada dentro de seu partido, mas não conseguiu a cadeira por conta da legenda partidária.

— Joel Santana (PROS): O folclórico ex-técnico de futebol tentou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro. Ele teve pouco mais de 2 mil votos e não conseguiu se eleger.

— Dr. Rey (Podemos): O médico de Hollywood tentou uma vaga de deputado estadual por São Paulo. Teve pouco mais de 4 mil votos e saiu derrotado das urnas.

— Sarah Poncio (PROS): Assim como o pai, Márcio Poncio (que também não se elegeu), a influenciadora entrou na disputa. Ela tentou uma vaga como deputada estadual no Rio de Janeiro e recebeu cerca de 26 mil votos, insuficientes para se eleger.

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