Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de janeiro de 2025
A Polícia Federal (PF) afirmou, em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-deputado Daniel Silveira demorou o dobro do tempo previsto para chegar a um hospital quando foi atendido em dezembro de 2024. Silveira, que havia sido preso anteriormente por desrespeitar medidas cautelares impostas pela justiça, teve sua liberdade condicional concedida em 20 de dezembro de 2024, mas sua defesa argumenta que o ex-parlamentar apenas procurou atendimento médico, em razão de dores lombares, e não tinha a intenção de descumprir as condições da sua liberdade.
Nessa segunda-feira (13), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa de Silveira se manifestem sobre o conteúdo do relatório elaborado pela PF. Moraes havia concedido a liberdade condicional de Silveira, mas com uma série de restrições. Entre essas restrições estava a proibição de que ele saísse de casa após às 22h, o que foi violado no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, quando Silveira foi novamente preso.
A defesa de Silveira alegou que o ex-deputado procurou atendimento médico em um hospital localizado em Petrópolis, sua cidade de residência, após sentir fortes dores na região lombar. De fato, a Polícia Federal identificou que Silveira esteve no hospital, mas o relatório aponta que o tempo de deslocamento do local onde ele estava hospedado, em Itaipava, até o centro de Petrópolis foi de aproximadamente 1h30, quando a média seria de cerca de 43 minutos. O relatório da PF também destacou que o retorno ao local de origem demorou 54 minutos.
“Das informações obtidas, é possível concluir que, Daniel Lúcio da Silveira gastou cerca de 1 hora e 30 minutos [de 21:32:29h a 22:59:00h] para fazer o deslocamento ao hospital, de cerca de 25km, o qual, de acordo com o GOOGLE demanda, em média, 43 minutos; já o deslocamento de retorno durou cerca de 54 minutos [de 00:37:11h a 01:31:47h]”, diz o documento da Polícia Federal.
Em uma petição apresentada na noite desta segunda-feira, o advogado de Silveira, Paulo Faria, afirmou que “o relatório CONFIRMA todas as informações prestadas pela Defesa desde 22/12/2024, quando juntou documentos médicos aos autos, JUSTIFICANDO a necessidade de ida ao médico e urgência”. Segundo Faria, o ex-deputado “foi buscar a esposa para acompanhá-lo ao hospital, e posteriormente, a deixou no mesmo local e foi para sua casa, onde está registrado no sistema”. A defesa reafirma que a ida ao hospital foi legítima e que não houve qualquer intenção de descumprir as condições impostas pelo STF.
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