Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de janeiro de 2025
O ministro Alexandre de Morares, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) o relatório elaborado pela PF (Polícia Federal) sobre as justificativas dadas pelo ex-deputado Daniel Silveira para ter descumprido ordens da liberdade condicional.
Silveira recebeu o benefício em 20 de dezembro e no dia seguinte descumpriu uma das medidas, que era de não sair de casa após as 22h. Ele foi preso novamente. A defesa alegou que ele precisou ir a um hospital, sob justificativa de ter tido uma cólica renal.
Documentos foram juntados ao processo e Moraes os remeteu à Polícia Federal para verificar a veracidade. Os investigadores constataram que Silveira realmente foi atendido no Hospital Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Segundo o médico responsável em atendê-lo, ele ficou na unidade hospitalar por aproximadamente 1h30. Depois, foi liberado.
O problema, segundo o relatório, ocorreu nos períodos de deslocamento do ex-deputado de casa para o hospital e de volta para casa. Em ambos os trajetos ele teria passado em um condomínio.
O documento apontou que Daniel Silveira gastou cerca de 1h30 para fazer o deslocamento ao hospital, de aproximadamente 25km, o qual, de acordo com o Google, demanda em média 43 minutos.
“Já o deslocamento de retorno durou cerca de 54 minutos [de 00:37:11h a 01:31:47h]” até o condomínio, diz o relatório. Apesar disso, o ex-deputado só foi chegar em casa depois das 2h da madrugada.
Prisão
Daniel Silveira, ex-deputado federal, foi condenado a 8 ano e 9 meses de prisão por ameaças ao Estado Democrático de Direito e incitação à violência contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, Daniel Silveira tem 42 anos, é formado em Direito e ex-policial militar. Ele atuou na função de 2012 a 2018, quando deixou o cargo para uma vaga na Câmara dos Deputados. Silveira foi eleito com mais de 31 mil votos pelo antigo partido PSL (que se fundiu ao DEM e formou o União Brasil).
O político já esteve envolvido em diversas polêmicas. Ele é protagonista do episódio de destruição da placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, além de ser alvo dos inquéritos das fake news.
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