Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

Home em foco Polônia admite ter comprado programa de espionagem israelense

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O chefe do partido nacionalista no poder na Polônia admitiu que seu país comprou o programa de espionagem israelense Pegasus, mas rejeitou as acusações de que foi usado contra a oposição política. Essas acusações chocaram o país e provocaram um escândalo que é comparado com o escândalo Watergate nos anos 1970 nos Estados Unidos.

Uma vez instalado em um celular, o Pegasus permite acessar as mensagens e dados do usuário, mas também ativar o aparelho à distância para captar som ou imagem.

“Seria péssimo se os serviços poloneses não tivessem tal instrumento”, declarou Jaroslaw Kaczynski, presidente do partido Lei e Justiça (PiS), além de vice-primeiro-ministro, ao jornal Sieci.

Questionado sobre as acusações de que o governo teria usado o programa para espionar a oposição, Kaczynski respondeu que este programa foi “usado pelos serviços de combate ao crime e à corrupção em muitos países”.

Em entrevista, disse que qualquer uso desses métodos estava “sempre sob controle de um tribunal e do gabinete do Ministério Público” e rejeitou as acusações da oposição.

Citizen Lab, um laboratório de vigilância de cibersegurança cuja sede está no Canadá, confirmou o uso do Pegasus contra três pessoas na Polônia, entre elas Krzysztof Brejza, senador do principal partido de oposição, o Plataforma Cívica (PO), quando coordenava sua campanha nas legislativas de 2019.

John Scott-Railton, investigador principal do Citizen Lab, declarou à AFP que os usos detectados do Pegasus eram apenas a “ponta do iceberg” e que seu uso indicava uma “deriva autoritária” na Polônia.

Segundo Brejza, o hackeamento de seu telefone influenciou no resultado da eleição, vencida pelo PiS.

Ataque aéreo

Um ataque aéreo na região de Tigray, na Etiópia, matou 56 pessoas e feriu 30, incluindo crianças, em um campo de refugiados, informaram dois funcionários de organizações de ajuda humanitária no sábado (8), citando autoridades locais e relatos de testemunhas oculares.

O porta-voz militar coronel Getnet Adane e o porta-voz do governo Legesse Tulu não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. A porta-voz do primeiro-ministro Abiy Ahmed, Billene Seyoum, não respondeu a um pedido de comentário.

O governo negou anteriormente que tenha alvejado civis no conflito de 14 meses com as forças rebeldes de Tigray.

O porta-voz da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF na sigla em inglês), que tem lutado contra o governo central, Getachew Reda, disse, por meio de uma postagem no Twitter, que “outro ataque de drones insensível por Abiy Ahmed em um campo de refugiados em Dedebit ceifou a vida de 56 civis inocentes até agora. ”

A investida na cidade de Dedebit, no noroeste da região próxima à fronteira com a Eritreia, ocorreu na noite de sexta-feira última, disseram os funcionários das ONGs, que pediram para não ser identificados por não estarem autorizados a falar com a mídia.

No início da sexta, o governo libertou vários líderes da oposição da prisão e disse que iniciaria um diálogo com oponentes políticos a fim de promover a reconciliação.

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