Terça-feira, 26 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de novembro de 2021
A pré-diabetes é o estágio que precede o diabetes tipo 2. É nesse período que os sinais da doença crônica começam a se manifestar. Se o paciente for diagnosticado a tempo, o quadro pode ser revertido. No Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas são pré-diabéticas, de acordo com uma pesquisa do Internacional Diabetes Federation (IDF).
O dado é preocupante e ressalta a necessidade de ficarmos atentos à nossa saúde. Um levantamento do Ibope solicitado pela Merck, empresa farmacêutica, aponta que 42% dos brasileiros não sabe o que é a pré-diabetes. Isso significa que muitas pessoas negligenciam os sintomas da enfermidade por falta de conhecimento, o que pode acarretar consequências mais graves.
Você também tem dúvidas sobre o assunto? Confira agora, tudo que é importante saber sobre a pré-diabetes.
O que é a pré-diabetes?
Primeiramente, é necessário saber que o diabetes consiste em uma doença crônica, em que ocorre o aumento da glicose (níveis de açúcar no sangue) devido à dificuldade que o organismo tem de processar essa substância. A quantidade de glicose acumulada no sangue é denominada glicemia e o seu aumento resulta na hiperglicemia, o que caracteriza o diabetes.
O problema pode acontecer por conta da insuficiência da produção ou insuficiência da ação da insulina e, em alguns casos, devido à combinação dos dois fatores. Produzida pelo pâncreas, a insulina tem a missão de diminuir a glicemia ao fazer com que o açúcar presente na corrente sanguínea seja absorvido pelas células para posteriormente ser utilizado como fonte de energia.
Quando a insulina é disponibilizada em pouca quantidade ou não funciona da forma correta, o organismo passa a ter mais glicose no sangue, desencadeando o diabetes. Por sua vez, a pré-diabetes ocorre quando o metabolismo dos hidratos de carbono é alterado, fazendo com que níveis de glicose no sangue sejam maiores que o normal para o organismo do indivíduo, mas não ao ponto de configurar-se como o diabetes.
Assim sendo, a pré-diabetes é considerada um estágio intermediário entre o padrão tido como saudável e o diabetes mellitus tipo 2. Trata-se de um alerta do corpo para indicar que o risco de desenvolver diabetes é alto, além de aumentar as chances de complicações cardíacas.
Esse quadro é reversível. No entanto, se não for diagnosticado e tratado, acaba evoluindo para o diabetes crônico, que é tratável, mas não poderá ser revertido.
Quando ela acontece?
Basicamente, a pré-diabetes acontece quando a glicose não é metabolizada, nem aproveitada o suficiente, de modo a acumular no sangue. O estado de normalidade da glicemia em jejum é de 70 mg/dl a 100 mg/ld.
Uma pessoa é classificada como pré-diabética ao medir a sua glicemia em jejum e atingir entre 100 e 125 mg/dl. Já aqueles que atingem a partir de 126 mg/dl são considerados diabéticos.
Quais as suas principais causas?
Há vários os fatores que podem culminar na pré-diabetes, sendo que os mais comuns são: tendência familiar e herança genética; ganho de peso; alimentação hipercalórica; sedentarismo.
Assim como o diabetes, a pré-diabetes é um problema multifatorial, o que significa que pode ter mais de uma causa.
O ganho de peso é um dos principais fatores de risco da doença. Isso porque o aumento de peso faz com que o pâncreas produza mais insulina com o intuito de tentar reduzir e controlar os níveis de açúcar. Contudo, o corpo não percebe o aumento na produção de insulina como algo positivo.
Dessa forma, cria-se o estado de resistência insulínica, em que embora haja uma grande quantidade de insulina disponível, ela não funciona adequadamente.
Quais os sintomas da pré-diabetes?
O maior problema da pré-diabetes é o fato de ser uma doença silenciosa, pois não ocasiona sintomas. Em casos raros, a pessoa pode ter acantose, que é o escurecimento das dobras da pele nas regiões das virilhas, axilas e pescoço. Geralmente, a doença só pode ser descoberta quando você mede a sua glicemia e o resultado aponta entre 100 e 125 mg/dl.
É recomendado que todas as pessoas com idade a partir de 45 façam testes regulares de glicemia. Quem está abaixo dessa faixa etária, mas tem fatores de risco – como hipertensão, histórico familiar de diabetes tipo 2, diabetes na gestação, ovário policístico e excesso de peso – também deve ser testado.
No Ar: Pampa Na Madrugada