Domingo, 05 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de janeiro de 2025
O CEO da companhia aérea sul-coreana Jeju Air foi proibido de sair do país em meio investigações sobre a queda e explosão do Boeing 737-800 que matou 179 pessoas, informou a polícia nessa quinta-feira (2) segundo a agência de notícias estatal Yonhap.
“A equipe de investigação impôs a proibição de viajar a dois indivíduos, incluindo o presidente da Jeju Air, Kim E-bae”, disse a polícia na província de South Jeolla, onde ocorreu o acidente na cidade de Muan.
Outro funcionário não identificado da Jeju Air também foi proibido de deixar o país. Ele e o CEO são tratados pela polícia sul-coreana como testemunhas-chave e podem enfrentar acusações de negligência pelas mortes, crime punível com até cinco anos de prisão ou uma multa de até 20 milhões de won (cerca de R$ 84,7 mil).
A aeronave da Jeju Air levava 181 pessoas; 179 morreram e as outras duas saíram com vida. A aeronave partiu de Bangkok, na Tailândia, em 28 de dezembro, e sofreu o acidente por volta das 9h no horário local (21h de sábado, no Brasil) ao pousar em Muan, na Coreia do Sul.
A tripulação do voo declarou emergência após receber um alerta da torre de comando sobre o risco de colisão com pássaros. O piloto reportou a colisão com pássaros dois minutos depois de receber o alerta, segundo informações do Ministério dos Transportes sul-coreano. (Leia mais abaixo)
Também nessa quinta, a polícia sul-coreana também fez buscas na sede da Jeju Air e no aeroporto de Muan. Os investigadores planejam apreender documentos e materiais relacionados à operação e manutenção da aeronave, bem como ao funcionamento das instalações do aeroporto, disse um oficial da polícia à Reuters. A Jeju Air está cooperando com a polícia na investigação, afirmou o diretor da companhia aérea Song Kyeong-hoon em coletiva de imprensa.
As autoridades sul-coreanas conseguiram converter dados do gravador de voz da cabine para arquivos de voz, que podem fornecer informações cruciais sobre os minutos finais do voo, informou o vice-ministro de Transportes para Aviação Civil, Joo Jong-wan.
Os investigadores também estão tentando descobrir a razão pela qual tinha um muro de concreto no final da pista em que o avião pousou. O choque da aeronave com o muro a fez explodir.
Emergência
O piloto do Boeing 737-800 da Jeju Air declarou emergência e emitiu avisos de “mayday” e de colisão com pássaros aos controladores de voo da Coreia do Sul minutos antes do avião se chocar contra um muro de concreto e explodir, no último sábado (29).
Esta foi a primeira vez desde o acidente que há a confirmação de que a aeronave colidiu contra pássaros. O sinal de “mayday” é um termo universalmente conhecido para comunicar situações de emergência. A palavra faz parte do Código Internacional de Sinais e do Código Fonético Internacional e tem origem no termo francês “venez m’aider”, que significa “socorra-me” em português.
No aviso à torre de comando do aeroporto, o piloto falou a palavra “mayday” três vezes, e “bird strike” (colisão com pássaros) duas vezes.
No Ar: Pampa Na Madrugada