Domingo, 17 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 16 de novembro de 2024
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nessa sexta-feira (15) que “a guerra terminará antes” sob o governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Ele elogiou a conversa que teve com o republicano, apesar do receio de que ele possa reduzir o apoio militar à Ucrânia.
“Não há dúvida de que a guerra terminará antes com as políticas da equipe que irá liderar a Casa Branca. Essa é a abordagem deles, sua promessa à sociedade”, declarou Zelensky em uma entrevista. “A guerra vai terminar, mas não sabemos a data exata”, acrescentou.
Zelensky afirmou que teve uma “interação construtiva” com Trump durante uma conversa por telefone tiveram após a vitória do republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. O presidente eleito “ouviu as bases sobre as quais nos apoiamos. Não ouvi nada que vá contra nossa posição”, disse ele.
Trump, que já questionou as dezenas de bilhões de dólares em ajuda militar americana destinadas à Ucrânia, tem se vangloriado de que poderia pôr fim à guerra em um dia. Ele ainda não explicou como fará isso.
Nessa sexta-feira (15), o presidente eleito reiterou a promessa de trabalhar “muito duro com a Rússia e a Ucrânia” porque “isso precisa acabar”. A Ucrânia teme que o apoio dos Estados Unidos enfraqueça em um momento extremamente delicado para suas tropas no front. O país também tem o receio de ser forçado a aceitar um acordo que implique concessões territoriais à Rússia.
Conversas telefônicas
Trump já conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre o conflito entre os dois países, informou o jornal “Washington Post”, há uma semana.
De acordo com o jornal americano, Trump falou com Putin, com quem discutiu sobre a guerra. O republicano teria pedido ao presidente da Rússia para que não escalasse o conflito e mencionado a “considerável presença militar de Washington na Europa”.
Trump teria conversado anteriormente com Zelensky, a quem teria garantido que os EUA seguirão apoiando a Ucrânia na guerra.
Durante a campanha eleitoral, Donald Trump disse que encontraria uma solução para acabar com a guerra “em um dia”, mas não explicou como faria isso.
O Kremlin disse que Putin estava pronto para discutir a Ucrânia com Trump, mas isso não significava que ele estava disposto a alterar as exigências de Moscou para a resolução do conflito.
Em 14 de junho, Putin estabeleceu seus termos para o fim da guerra: a Ucrânia teria que abandonar suas ambições de entrar na OTAN e retirar todas as suas tropas de todo o território de quatro regiões reivindicadas pela Rússia. A Ucrânia rejeitou a proposta, dizendo que seria equivalente à capitulação, e Zelensky apresentou um “plano de vitória” que inclui pedidos de apoio militar adicional do Ocidente. As informações são do portal de notícias G1.
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