Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025

Home Política Proibição do celular na escola é para melhorar a aprendizagem, diz o Ministério da Educação

Compartilhe esta notícia:

Desde a aprovação da Lei nº 15.100/25, que determina a restrição do uso de celulares por alunos em escolas de todo o país, o debate sobre os impactos dos dispositivos portáteis em sala de aula tem se intensificado entre educadores e pais.

De acordo com o MEC (Ministério da Educação), a legislação nacional segue o exemplo adotado por algumas redes estaduais, como no Rio de Janeiro e em Roraima, e se baseia em estudos realizados no mundo inteiro.

A medida não é exclusiva do Brasil. Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já têm legislações que restringem o uso de celular em escolas. “O objetivo é proteger as crianças, promover a saúde mental, física e emocional, além de contribuir para a melhora da aprendizagem e do desenvolvimento socioemocional”, divulgou o ministério.

Como justificativa para a decisão, o MEC recorre aos dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), que reconhece a dependência digital — também chamada de nomofobia — como um transtorno caracterizado pelo medo irracional de estar sem o celular ou outros aparelhos eletrônicos.

Citou ainda o estudo publicado na revista científica PLOS Mental Health, dos Estados Unidos. A pesquisa revela que esse vício pode causar alterações cerebrais em adolescentes, afetando até mesmo o comportamento.

Já a pesquisa realizada pelo Instituto Alana e Datafolha, em setembro de 2024, mostra que 93% dos brasileiros concordam que os jovens estão se tornando viciados em redes sociais, enquanto 75% acreditam que eles passam tempo demais conectados.

Outro argumento é que diversos problemas constatados na infância e adolescência no Brasil, como o aumento dos índices de ansiedade e depressão, estão diretamente interligados ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos.

De acordo com pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, 72% das crianças avaliadas tiveram aumento da depressão associado ao uso do celular.

Impactos psicológicos e no desenvolvimento cognitivo

Conforme nota do MEC, “a navegação prolongada na internet também aumenta a exposição de crianças e adolescentes a riscos no mundo digital, como abuso, acesso a conteúdos impróprios e vitimização sexual”.

Os efeitos negativos do uso excessivo de telas por jovens vão muito além da saúde mental, reforça o MEC, impactando diretamente o desenvolvimento físico, cognitivo e social. O uso descontrolado de celulares pode acarretar:

Atraso no desenvolvimento: O uso excessivo de telas pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e da linguagem em crianças e adolescentes, além de aumentar o risco de miopia e problemas de sono;

Problemas de saúde: A má alimentação é outro problema associado ao uso excessivo de telas, principalmente à noite. Estudos indicam que o uso de celulares nesse período está ligado ao menor consumo de alimentos saudáveis, como frutas e verduras, e ao aumento da ingestão de produtos ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gorduras;

Dificuldades sociais: Na escola, o uso prolongado de celular pode diminuir as oportunidades de interação social entre os estudantes, prejudicando o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais importantes para a vida em sociedade.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Grêmio visita o Juventude pela quinta rodada do Campeonato Gaúcho
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Tarde