Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de fevereiro de 2024
Está confirmada a terceira morte por dengue neste ano no Rio Grande do Sul. A vítima é uma mulher de 71 anos, moradora de Santa Rosa, na Região Noroeste do Estado. A idosa, que tinha comorbidades, morreu no dia 2 de fevereiro. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria da Saúde (SES), confirmou a causa da morte nessa sexta-feira (9).
O município de Santa Rosa apresenta incidência de 289,5 casos prováveis de dengue (casos notificados excluindo os descartados por outra causa) por 100.000 habitantes, com circulação até o momento de vírus dos tipos 1 (DENV1) e 2 (DENV2).
A SES reforça que as pessoas devem procurar atendimento médico nos serviços de saúde assim que perceberem os primeiros sintomas. Dessa forma, é possível evitar o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.
Confira os principais sintomas da doença:
– Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;
– Dor retroorbital (atrás dos olhos);
– Dor de cabeça; no corpo e nas articulações;
– Mal-estar geral;
– Náusea;
– Vômito;
– Diarreia;
– Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
Também é importante que a população adote medidas de prevenção à proliferação e à circulação do mosquito Aedes aegypti, limpando e revisando áreas internas e externas das residências ou apartamentos para eliminar toda água parada dentro de objetos. Essa atitude simples impede o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida dela na fase aquática.
O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual.
Foram registradas, também, outras duas mortes por dengue no Rio Grande do Sul (ambas as vítimas eram idosas e com comorbidades). Só nas primeiras cinco semanas do ano, o Estado teve 17 vezes mais casos notificados e confirmados do que no mesmo período de 2023.
Situação epidemiológica
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 3.193 casos confirmados da doença, dos quais 2.874 são autóctones (o contágio aconteceu dentro do Estado). Os demais são importados (residentes do Rio Grande do Sul que foram infectados em viagem a outro local).
Em 2023, foram mais de 34 mil casos autóctones. Ao todo, foram 54 óbitos em virtude da dengue no ano passado.
Fenômenos climáticos
Fenômenos climáticos como o El Niño e as chuvas intensas que afetaram o Rio Grande do Sul nos últimos meses podem ter contribuído para o aumento do número de casos gaúchos de dengue nas últimas semanas. A avaliação é da Secretaria Estadual da Saúde, que intensifica as ações de combate à doença e ao seu transmissor, o mosquito Aedes aegypti
Conforme o diretor-adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Marcelo Vallandro, essa combinação de fatores propicia a proliferação do inseto, favorecendo altos índices de infestação: “A maior incidência tem ocorrido no Norte e Missões, embora a Região Metropolitana de Porto Alegre também já tenha altos índices. De qualquer forma, a doença tem atingido todas as áreas do Estado”.
Ao menos 466 das 497 cidades gaúchas (93,8%) enfrentam infestação do mosquito. Até agora, são 6.126 notificações de casos suspeitos da doença. Desse total, 2.915 foram confirmados e 1.909 permanecem sob investigação – outros 1.302 acabaram descartados.
Outros Estados também sofrem com a doença. Em 2024, o Brasil já registrou mais de 392 mil casos e 54 mortes, segundo o Ministério da Saúde.
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