Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 28 de janeiro de 2024
A descoberta de sedimentos de um antigo lago na base da cratera Jezero pelo robô Rover Perseverance reforça a esperança de que vestígios de vida possam ser encontrados em amostras de solo e rochas coletadas em Marte. É o que mostra uma pesquisa publicada na sexta-feira (26) pela revista Science Advances, liderada por uma equipe da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla) e da Universidade de Oslo na Noruega.
“Em algum ponto, a cratera se encheu de água, depositando camadas de sedimentos no fundo da cratera. O lago posteriormente encolheu e os sedimentos transportados pelo rio que o alimentava formaram um enorme delta. À medida que o lago se dissipou ao longo do tempo, os sedimentos na cratera foram erodidos, formando as características geológicas visíveis hoje na superfície” afirma a Ucla, por meio de comunicado.
O robô da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), que chegou ao planeta vermelho em fevereiro de 2021, coletou novos dados com o uso de um radar.
“O radar de penetração no solo a bordo do Rover Mars Perseverance da Nasa confirmou que a cratera Jezero, formada pelo impacto de um antigo meteoro logo ao norte do equador marciano, já abrigou um vasto lago e um delta de rio”, explica ainda o comunicado.
O aparelho indica ainda que os períodos de deposição e erosão ocorreram ao longo de eras de mudanças ambientais, confirmando que as inferências sobre a história geológica da cratera Jezero baseadas em imagens de Marte obtidas do espaço são precisas.
“Em órbita podemos ver vários depósitos diferentes, mas não podemos dizer, com certeza, se o que estamos vendo é o seu estado original ou a conclusão de uma longa história geológica. Para saber como essas coisas se formaram, precisamos ver abaixo da superfície”, diz David Paige, um dos autores do artigo e professor de ciências da Terra, planetárias e espaciais da Ucla.
O veículo da Nasa, que tem aproximadamente o tamanho de um carro e carrega sete instrumentos científicos, tem explorado a cratera de 30 milhas de largura, estudando sua geologia e atmosfera e coletando amostras no planeta vermelho há quase três anos.
“As amostras de solo e rocha do Perseverance serão trazidas de volta à Terra por uma futura expedição e estudado em busca de evidências de vidas passadas”, afirma o comunicado da Ucla.
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