Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de novembro de 2021
A Rússia registrou 753 mil mortes em excesso durante a pandemia do coronavírus, uma das maiores taxas do mundo, de acordo com uma análise feita pelo “Financial Times” com base em dados oficiais de março de 2020 até o fim de setembro de 2021.
O número é 270% maior que o dado oficial de óbitos por covid-19 no país, que estava em 203.540 em 30 de setembro.
Novo recorde
O país registrou nesta quarta-feira (3) novos recordes de novas mortes e novos casos de covid-19: foram 1.189 óbitos e 40.443 pessoas infectadas nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pelo governo.
A nova onda de covid-19 é impulsionada pela variante delta e por uma das taxas de vacinação mais baixas da Europa e levou a capital Moscou a criar um “megaferiado” de 11 dias, que começou em 28 de outubro e vai até domingo (7).
Serviços não essenciais estão fechados e uma série de restrições foram adotadas para conter o surto atual — que também é impulsionado pelo baixo uso de máscaras pela população.
Restaurantes, salões de beleza, lojas de roupas, academias, escolas de dança e outros serviços considerados “não essenciais” ficarão fechados até 7 de novembro, e apenas farmácias, supermercados e lojas que vendem itens básicos poderão abrir no período.
Os Centros de Tratamento Intensivo (CTIs) de vários hospitais russos estão no limite da capacidade — sobretudo na capital, que é a cidade mais afetada do país.
Com hospitais lotados, Moscou pediu a idosos que fiquem em casa por quatro meses.
Piora
A Rússia sofre com a escalada de casos e mortes por covid-19 desde junho. Mesmo com a piora da situação, os russos continuam a se recusar a tomar as vacinas contra a covid-19 disponíveis.
O país que desenvolveu a Sputnik V e mais três imunizantes tem apenas 38% da população vacinada com ao menos uma dose e menos de 33% dos russos estão totalmente imunizados.
A taxa de vacinação da Rússia é uma das mais baixas da Europa e menor até do que a média mundial (39% da população completamente imunizada).
Holanda
A Holanda está retomando as medidas contra o coronavírus, incluindo o uso de máscara em muitos espaços públicos para combater o aumento de casos, disse o primeiro-ministro, Mark Rutte.
“As infecções e as internações hospitalares estão aumentando rapidamente”, disse Rutte em coletiva de imprensa.
Por isso, o governo também está reintroduzindo uma regra de distanciamento social de 1,5 metro e expandindo o pedido de passaporte de saúde em locais como museus e varandas de restaurantes.
As pessoas também são aconselhadas a trabalhar em casa pelo menos metade da semana e a evitar viagens durante os horários de pico.
Rutte afirmou que as máscaras agora serão exigidas em lojas, salões de beleza e massagens, e que devem continuar sendo utilizadas no transporte público, onde já eram obrigatórias, embora antes não fossem obrigatórias nas estações ou plataformas.
No entanto, as trabalhadoras do sexo na Holanda, onde a prostituição é legal, continuarão a ser isentas da regra da máscara.
A aplicação dessas medidas torna a Holanda um dos primeiros países da Europa Ocidental a restabelecer as restrições, menos de dois meses após as medidas contra a covid terem se tornado mais flexíveis.
No Ar: Pampa Na Madrugada