Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de novembro de 2022
Muitos de nós conhecemos os probióticos, como certos iogurtes e alimentos fermentados, repletos de bactérias “boas” que podem ajudar a manter o intestino saudável.
Talvez você tenha até ouvido falar em prebióticos, que são alimentos ricos em carboidratos complexos (fibras alimentares) que ajudam a aumentar as bactérias boas no intestino delgado. Alimentos prebióticos populares incluem aveias, nozes e legumes.
Mas e os posbióticos? O que são eles e como afetam a nossa saúde intestinal? Os posbióticos são essencialmente os subprodutos da nossa microbiota intestinal. Em outras palavras, o nosso corpo produz posbióticos após a digestão dos alimentos prebióticos e probióticos.
Exemplos de posbióticos incluem os ácidos graxos de cadeia curta ácido butírico (ou butirato), ácido acético (ou acetato) e ácido propiônico (ou propionato).
Essas moléculas são produzidas quando bactérias probióticas boas decompõem as fibras alimentares de alimentos como frutas, verduras, legumes e cereais.
Essas moléculas posbióticas são importantes para a microbiota intestinal. Bactérias probióticas saudáveis desenvolvem-se com base nesses ácidos graxos de cadeia curta no nosso intestino.
E alguns probióticos podem ajudar a reduzir as bactérias “ruins”. Bactérias probióticas (como Lactococcus lactis), por exemplo, produzem substâncias especiais conhecidas como bacteriocinas, que podem evitar a colonização de patógenos como E. coli no intestino. Este processo é conhecido como “resistência à colonização”.
Os micróbios do intestino decompõem carboidratos complexos por meio da fermentação microbiana.
A fermentação microbiana de alimentos vegetais (que são ricos em polifenóis) gera particularmente a produção do posbiótico ácido fenilacético. E este posbiótico pode reduzir o crescimento de patógenos prejudiciais ao corpo.
Nem todos são bons
Mas nem todos os posbióticos são “heróis”. Um tipo de posbiótico são os ácidos da bílis, produzidos quando comemos muitos alimentos com alto teor de gordura. Os ácidos da bílis já foram relacionados a inflamações e ao câncer do cólon.
Manter uma dieta rica em proteínas e com baixo teor de carboidratos, a longo prazo, significa muitas vezes que as pessoas não ingerem fibras suficientes, o que está relacionado ao aumento do risco de câncer do cólon. Isso pode ocorrer devido à produção de posbióticos prejudiciais, como os ácidos da bílis.
Solução
A solução é a fibra alimentar. Mulheres e homens devem consumir pelo menos 25 e 30 gramas de fibras, respectivamente, todos os dias. Mas nem todos respeitam esta recomendação.
A melhor forma de aumentar o nível dos posbióticos bons é consumir mais verduras, frutas, legumes, pão integral, nozes e sementes.
A alcachofra-de-jerusalém, alho, cebola, alho-poró e aspargos são vegetais prebióticos fantásticos.
No Ar: Pampa Na Madrugada