Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 12 de setembro de 2022
O descarte correto de eletrônicos insere na roda da circularidade produtos como celulares, notebooks, tablets, baterias, carregadores, CPUs, modens e cabos, entre outros. A medida evita que sejam jogados em aterros itens tóxicos como lítio e cobalto e promove o reaproveitamento de materiais como vidro, plástico e borracha
Para o descarte ambientalmente correto, há dois caminhos: empresas que recebem os aparelhos e companhias de logística reversa que retiram os equipamentos em casas ou empresas, levando-os para reciclagem. No primeiro caso estão organizações como a Vivo, que desde 2006, possui um programa de reciclagem. Suas 1,7 mil lojas espalhadas pelo país recebem o material. No segundo caso estão empresas como a GM&C, que também faz a reciclagem, e Reciclo, para citar alguns exemplos.
O passo seguinte rumo à reciclagem é a triagem do material. Aparelhos ou peças que ainda têm condições de uso são reaproveitados ou remontados para a venda. A Vivo explica que os celulares descartados em suas lojas vão para reciclagem – não são reaproveitados, mesmo que ainda tenham condições de uso.
O destino dos aparelhos não reaproveitados é a reciclagem. Nesta etapa, é feita a separação dos materiais que compõe o produto, o que exige tecnologia específica para fazer esse trabalho. Com capacidade para processar 30 mil toneladas por ano, a GM&C faz isso diariamente. O processo consiste em triturar os objetos, e depois separar os materiais os componentes com máquinas que utilizam principalmente campo elétrico.
Separados, eles se tornam matéria-prima para a indústria e, assim, completam o ciclo de circularidade. O cobalto, por exemplo, volta a fazer parte de baterias; metais são aproveitados na siderurgia. Os demais podem ou não voltar a se tornar parte de eletrônicos, mas são reutilizados.
A GM&C diz que 100% do material enviado pela Vivo é reciclado. Em 2021, a telefônica destinou 9,2 toneladas de eletrônicos para reciclagem. Para este ano, a meta é 10 t.
Rota do lixo
Empresas como a American BAN (Basel Action Network) se dedicam a garantir que o lixo eletrônico seja reciclado de forma responsável e criaram um mecanismo de rastreamento de lixo eletrônico inserindo um chip em computadores ou outros dispositivos para saber seu destino final. E o que eles descobriram? Alguns centros de reciclagem enviam toneladas de lixo eletrônico para Hong Kong por via marítima. Lá, eles são armazenados em terras agrícolas e mal gerenciados.
A China é o maior destino de lixo eletrônico do mundo. Países como Nigéria, Gana e Paquistão também permitem a entrada desse lixo porque a reciclagem clandestina gera renda para pessoas com recursos limitados.
No Ar: Pampa News