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Por Redação Rádio Pampa | 18 de março de 2022
A perda devastadora de vidas e a crescente incerteza deixaram o mundo em uma instabilidade muito grande, mas há algumas boas notícias para a humanidade: a benevolência está aumentando globalmente.
Essa é uma das principais descobertas do World Happiness Report, uma publicação da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU que se baseia em dados de pesquisas globais de pessoas em cerca de 150 países.
Para marcar a 10ª edição, o relatório analisa a felicidade em todo o mundo – as nações mais felizes, aquelas na base da escala de felicidade e tudo mais, além dos fatores que tendem a levar a uma maior felicidade.
E com base em dados dos últimos dois anos, durante a pandemia de covid, o relatório descobriu algo inesperado.
“A grande surpresa foi que, globalmente, de forma descoordenada, teve um aumento muito grande em todas as três formas de benevolência que são questionadas na Gallup World Poll”, disse John Helliwell, um dos três editores fundadores do relatório.
Doar para caridade, ajudar um estranho e voluntariado estão em alta, “especialmente a ajuda a estranhos em 2021, em relação a antes da pandemia ou a 2020, aumentou em todas as regiões do mundo”, disse Helliwell, que é um professor emérito da Vancouver School of Economics, University of British Columbia.
A média global das três medidas saltou cerca de 25% em 2021, em comparação com os níveis pré-pandemia, diz o relatório.
E a benevolência é certamente a principal preocupação quando o mundo responde à invasão da Ucrânia pela Rússia. Mas antes de entrar no tema de como esse conflito cada vez mais global pode afetar a felicidade, vejamos os países onde o sentimento foi abundante em 2021.
Finlândia
Pelo quinto ano consecutivo, a Finlândia é o país mais feliz do mundo, de acordo com os rankings do World Happiness Report, baseados principalmente em avaliações de vida da Gallup World Poll.
O país nórdico e seus vizinhos Dinamarca, Noruega, Suécia e Islândia, pontuam muito bem nas medidas que o relatório usa para explicar suas descobertas: expectativa de vida saudável, PIB per capita, apoio social em tempos de dificuldade, baixa corrupção e alta confiança social, generosidade em uma comunidade onde as pessoas cuidam umas das outras e liberdade para tomar decisões importantes na vida.
A Dinamarca vem em 2º lugar no ranking deste ano, seguida pela Islândia em 3º lugar. Suécia e Noruega são o sétimo e oitavo, respectivamente.
Suíça, Holanda e Luxemburgo ocupam os lugares 4 a 6, com Israel chegando em 9º lugar e a Nova Zelândia completando o top 10.
Canadá (15), Estados Unidos (16) e Reino Unido (17) chegaram ao top 20. O Brasil aparece em 38ª posição.
Tempos difíceis
Outro ponto positivo no relatório deste ano: a preocupação e o estresse caíram no segundo ano da pandemia. Embora ainda tenham aumentado 4% em 2021 em relação à pré-pandemia, a preocupação e o estresse em 2020 aumentaram 8%.
“Acho que parte disso é que as pessoas sabiam um pouco mais com o que estavam lidando no segundo ano, mesmo que houvesse novas surpresas”, disse Helliwell.
As avaliações médias de vida “permaneceram notavelmente resilientes” durante a pandemia, com influências negativas e positivas se compensando, diz o relatório.
“Para os jovens, a satisfação com a vida caiu, enquanto para aqueles com mais de 60 anos aumentou – com pouca mudança geral”, segundo o relatório.
Helliwell reconhece que há uma sensação de que as crises trazem o melhor ou o pior das sociedades.
“Mas, em geral, as pessoas são muito pessimistas sobre a boa vontade nas sociedades em que vivem, então, quando o desastre real acontece e elas veem outras pessoas respondendo positivamente para ajudar os outros, isso aumenta sua opinião sobre si mesmas e sobre seus concidadãos “, disse Helliwell.
“E assim você descobre que tanto a confiança nos outros quanto as avaliações gerais da vida geralmente aumentam em momentos em que você pensa ‘esses são tempos ruins’, mas o que está acontecendo é que as pessoas estão trabalhando juntas para lidar com eles”.
Esta interação de negativo e positivo aplica-se muito à situação na Ucrânia, embora ainda não se saiba como a balança vai acabar. Trabalhar juntos certamente compensará, até certo ponto, as tragédias que afetam os ucranianos, acredita Helliwell.
“O coração deles está sendo atacado, então eles terão algum efeito de aproximação, mas é claro que o dano real é terrível.”
Os efeitos que a guerra terá na felicidade geral na Rússia são especialmente obscuros porque a censura do governo distorce informações que poderiam informar avaliações de vida.
As pesquisas em que se basearam os rankings de felicidade deste ano foram realizadas bem antes da invasão. A Ucrânia e a Rússia caem na metade inferior do ranking mundial de felicidade no relatório de 2022, com a Ucrânia em 98º e a Rússia em 80º.
A atual guerra na Ucrânia significa que a felicidade em outras partes do mundo também pode oscilar.
“É concebível que algumas pessoas, vendo o que a guerra pode fazer de perto em suas telas de televisão todos os dias na vida do outro, que não têm nada a ver com a guerra e não querem nada com a guerra, possa fazê-los se sentir sortudos ou terem empatia pela dor de quem está lá”, disse Helliwell.
Os países mais felizes do mundo, edição 2022:
1) Finlândia
2) Dinamarca
3) Islândia
4) Suíça
5) Holanda
6) Luxemburgo
7) Suécia
8) Noruega
9) Israel
10) Nova Zelândia
11) Áustria
12) Austrália
13) Irlanda
14) Alemanha
15) Canadá
16). Estados Unidos
17) Reino Unido
18) República Tcheca (República Tcheca)
19) Bélgica
20) França
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