Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024

Home Brasil Saiba quem é quem na corrida para presidir a Câmara dos Deputados

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Na corrida pelo apoio do Palácio do Planalto na sucessão da Câmara, os líderes do Republicanos, Hugo Motta (PB), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), apresentam como trunfo um índice semelhante de adesão às pautas do governo na Casa. Correndo por fora, o líder do PSD, Antônio Brito (BA), tem como ativo para desbancar os adversários o maior alinhamento com a agenda do Executivo.

Motta foi levado pelo deputado Marcos Pereira (SP), presidente do seu partido, para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês. O deputado tem o aval do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a simpatia de governistas. Elmar, por sua vez, esteve com Lula na semana passada e tenta quebrar resistências no governo após uma reviravolta que o tirou da condição de favorito.

Levantamento feito com base nas matérias em apreciação no plenário desde o início da gestão de Lula, mostra que Motta acompanhou a orientação do governo em 84% das votações de que participou, mesmo índice registrado por Elmar. Brito, por sua vez, é o mais alinhado, com 95% dos seus votos iguais ao que queria o Planalto. O levantamento levou em consideração as 382 votações em que a liderança do governo orientou “sim” ou “não” — foram descartadas as vezes em que a posição não foi formalizada ou houve liberação das bancadas partidárias.

O alinhamento com o Executivo se refletiu nas pautas econômicas vistas como prioritárias pelo governo, casos da Reforma Tributária e do arcabouço fiscal, enquanto as divergências ficaram explícitas em pautas que provocaram acirramento entre Planalto e Congresso.

Bolsa Família

No projeto de lei que impede invasores diretos e indiretos de propriedades de receber benefícios sociais federais, como o Bolsa Família, todos os três foram a favor, na direção contrária do Executivo. Elmar e Motta também foram contra o governo ao apoiarem a proposta que institui o marco temporal para a demarcação de terras indígenas — Brito não participou da votação.

Os três candidatos evitam falar sobre como a governabilidade pode influenciar na campanha, já que todos tentam também conquistar o apoio da oposição, em um fino equilíbrio em busca de consenso. As duas maiores bancadas da Casa são desejadas e antagônicas em suas posições: a maior é a do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 91 deputados, enquanto o PT tem 68.

Na semana passada, uma nota assinada pelo líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), indicando apoio a Motta provocou um mal-estar generalizado nos bastidores da disputa, o que levou o petista a apagar o comunicado de suas redes sociais. Elmar se reuniu com o ministro Rui Costa (Casa Civil) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, depois do episódio, e ouviu que a bancada do PT ainda não definiu a posição.

No caso do PL, o líder da sigla na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), também esteve no almoço com Motta. No entanto, para a bancada bater o martelo sobre o apoio, é preciso haver ainda um acordo com Bolsonaro e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

Brito disse que sempre foi um parlamentar governista, independentemente da gestão no poder, por sua atuação junto às Santas Casas, que costumam também ser apoiadas pelo Executivo, assim como as demais pautas sobre saúde.

Em nota, o União Brasil afirmou ter outra metodologia para calcular a governabilidade, considerando também como fidelidade votações nas quais o governo não orientou as bancadas.  Em conversa com Lula na quarta-feira, o líder do União disse que quer criar um blocão de apoio com o PSD, de Brito, do qual só não fará parte o PL.

O cenário sofreu uma reviravolta na semana passada, quando Marcos Pereira abriu mão de sua candidatura em favor do colega do Republicanos, uma solução que permitiu a reunião de apoio relevante em pouco tempo.

Apesar de ser o favorito, Motta tem apontado a necessidade de mergulhar na campanha e conversar com todos os deputados, pois o momento é de “construção de pontes”. A eleição só ocorrerá em fevereiro. Com o voto secreto, há margem para traições de parlamentares aos partidos. As informações são do jornal O Globo.

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