Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Saúde Seis a cada dez brasileiros dormem mal, especialmente as mulheres

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É por meio do descanso que o cérebro e o corpo se recuperam do estresse acumulado durante o dia, os tecidos neurais são reparados e a memória é consolidada. No entanto, cada um tem sua realidade: alguns conseguem ter um sono de qualidade durante toda a noite, enquanto outros podem chegar a passar longas horas sem “pregar o olho”. Ao todo, cerca de 66% dos brasileiros dormem mal e, entre esses, as mais afetadas são as mulheres.

Mas, é inegável que uma boa noite de sono garante qualidade de vida e promete um ótimo desempenho nas atividades diurnas. Pelo contrário, quando não se dorme bem, no dia seguinte pode-se parecer sonolento e desatento, e, com o tempo, a predisposição para desenvolver doenças aumenta.

Em contraste com essa realidade, dados colhidos entre 2018 e 2019 pela Associação Brasileira do Sono (ABS), mostram que a população brasileira está dormindo menos. De 6,6 horas por dia em 2018, a quantidade de horas de sono por dia caiu para 6,4, em 2019.

Acontece que nos últimos tempos, “o sono perdeu prestígio”, segundo a médica neurologista especializada em sono da Unidad de Medicina del Sueño de Fleni, Agustina Furnari. Hoje, dorme-se entre uma e duas horas a menos do que há 50 anos. E o motivo tem a ver com a mudança de estilo de vida.

“Questões relacionadas com a adrenalina diária, com a carga de trabalho exigida e com uma vida social ativa, fazem com que tenhamos menos horas para descansar”, afirma a especialista.

E esta situação é claramente evidente na sociedade brasileira. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology (Epidemiologia do Sono, em tradução do inglês), cerca de 66% dos brasileiros dormem mal e, entre esses, as mais afetadas são as mulheres, que podem ter um sono até 10% pior do que o dos homens.

Na mesma linha, mas na Argentina, estudos realizados pelo Conicet e pelo Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina (UCA) revelaram que 14,8% dos argentinos dormem menos de seis horas por dia. Segundo o levantamento, esses números referem-se principalmente a pessoas entre 35 e 50 anos que vivem em grandes cidades. Os dados são alarmantes: o resultado está abaixo do índice recomendado pela Sleep Foundation dos Estados Unidos, que sugere que para maiores de 18 anos o ideal é dormir no mínimo sete horas.

Dormir é uma necessidade universal e inevitável, mas vários fatores devem ser levados em conta para promover ou não um bom descanso.

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