Home Cinema e TV Sindicato dos roteiristas e estúdios de Hollywood se reunirão novamente nesta semana

O sindicato dos roteiristas (WGA) e os representantes dos grandes estúdios de Hollywood (AMPTP) devem se encontrar novamente na semana que vem, de acordo com comunicado emitido pelo sindicato. Fontes da Variety afirmam que, mesmo depois de reuniões sucessivas nos últimos dias, pouco progresso foi feito para encerrar a greve que já dura 110 dias.

Não se sabe ao certo o dia do próximo encontro, mas, segundo as fontes do site, sindicato e estúdios “continuam a trocar propostas”. Ambos, no entanto, ainda discordam quanto às grandes questões.

Entenda

O sindicato que representa a maioria dos roteiristas de Hollywood entrou em greve no dia 02 de maio, após um mês de negociações fracassadas com a aliança dos produtores de cinema e televisão, a associação que representa as maiores empresas de entretenimento dos EUA, como a Disney e a Netflix.

Os roteiristas paralisaram suas atividades visando diversas exigências trabalhistas, como aumento de salários, mudanças nas regras de pagamentos residuais (o “extra” que eles recebem quando seus trabalhos são exibidos em TV aberta ou nos streamings) e o estabelecimento de proteções contra o uso de inteligência artificial na elaboração dos roteiros.

No dia 13 de julho, os atores juntaram-se oficialmente com os roteiristas para apoiar e reivindicar melhores condições de trabalho para a categoria. O aumento de salário, assim como para aqueles que deram o pontapé nas paralisações hollywoodianas, também é um dos objetivos da classe, porém, equivoca-se quem pensa que os atores do alto escalão estão preocupados com o faturamento milionário de uma pequena parcela, pois a demanda procura a melhoria de toda a categoria, principalmente os profissionais que têm menos tempo de tela, como os figurantes, mesmo nas grandes produções.

Além disso, os atores buscam diretos como seguro de saúde e planos de pensão mais abrangentes. Muitos atores enfrentam insegurança financeira, principalmente durante os períodos de inatividade entre projetos, tornando essas questões ainda mais essenciais e urgentes.

Essa é a primeira greve dos atores desde 1980 e a primeira vez, desde 1960, que roteiristas e atores fazem uma greve simultaneamente.

Os estúdios, por outro lado, argumentam que estão enfrentando desafios financeiros devido à pandemia e às mudanças na indústria do entretenimento, o que torna difícil atender a todas as demandas dos atores.

Em meio a essa greve histórica, a indústria do entretenimento enfrenta incertezas quanto ao futuro das produções e ao impacto que essa luta por direitos terá na forma como filmes e séries são produzidos e distribuídos.