Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

Home Política Substituição e reversão de promoção de militares que despertaram desconfiança no governo contribuíram para um clima de insatisfação interna nas Forças Armadas

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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República publicou nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU) portarias para dispensar cinco membros das Forças Armadas que atuavam no local. Um militar foi designado.

A substituição e reversão de promoção de militares que despertaram desconfiança no governo pela atitude em relação aos atos extremistas de 8 de janeiro tem contribuindo para um clima de insatisfação interna na tropa.

O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, espera reverter esse sentimento com a próxima leva de promoções de generais em fevereiro: devem ser abertas três vagas de generais de quatro estrelas, movimentando vários quadros na cúpula da força.

Desconfiança de Lula

Em suas falas, tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o ministro da Justiça Flávio Dino deixaram claro que querem ir as últimas consequências para apurar quem facilitou a entrada dos vândalos dentro dos prédios do congresso nacional da praça dos Três Poderes de uma maneira geral. E também querem descobrir, quem foi leniente com a permanência dos acampamentos de caráter golpista que se instalaram nos quartéis dos exércitos pelo país todo.

Lula sempre ressalta que fará tudo dentro de um cenário absolutamente legal e que o papel dos militares é um importante e que trabalhará dentro do que está regulamentado pela constituição. Essa troca feita pelo presidente Lula deixa claro que a insatisfação dele com o que aconteceu no dia 8 de janeiro foi determinante, pois o antigo comandante do exército não teria concordado com a prisão de manifestantes.

E foi por essa razão que o próprio ex-general Júlio afirmou que não havia mais clima para comandante do exército e permanecer no cargo. Outro ponto de atenção, segundo interlocutores, é o fato das forças armadas terem politizado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Augusto Heleno

A partir do momento em que há alguma desconfiança de que alguns integrantes do gabinete de segurança institucional não agiram para impedir a destruição do Palácio do Planalto, trocas são feitas.

Essa desconfiança toda já vem de antes mesmo da eleição, inclusive porque quem estava frente desta pasta, era Augusto Heleno, general da reserva que era muito ligado Jair Bolsonaro, e chegou a criticar o bloco do centrão e as urnas eletrônicas.

Especialistas afirmam que esse processo de distanciamento da cúpula das forças armadas com o atual governo será longo, e a reaproximação não será da noite para o dia.

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