Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2025

Home Brasil SUS bate recorde de cirurgias eletivas em 2024

Compartilhe esta notícia:

O Sistema Único de Saúde (SUS) anunciou um recorde histórico em 2024, com a realização de mais de 13 (13.663.782) milhões de cirurgias eletivas. O número representa um aumento de 10,8% em relação a 2023, quando o total de cirurgias realizadas foi de 12.322.368.

As cirurgias eletivas são procedimentos médicos planejados, que não apresentam caráter de urgência ou emergência, como correções de hérnias, retirada de tumores benignos ou cirurgias ortopédicas. Por serem programadas, essas intervenções dependem de agendamento prévio e disponibilidade na rede de saúde.

O Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF), que prioriza cirurgias urgentes, também teve resultados positivos. Em 2024, foram feitas 5.324.823 cirurgias, um aumento de 18% em relação ao ano anterior, que registrou 4.510.740.

De acordo com o Ministério da Saúde, de 2022 a 2024, o número de cirurgias também aumentou em 1.573.966, o que representa uma alta de 42%.

Desse total, 1.355.192 foram financiadas pelo programa que visa reduzir as filas de espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública. Apesar dos avanços, segundo dados mais recentes da pasta, cerca de 1,3 milhão de pessoas ainda estão na fila do SUS aguardando procedimentos. Lançado em janeiro de 2023, o PNRF é uma das principais promessas do governo federal para enfrentar essa espera.

No entanto, a falta de médicos especializados nos hospitais públicos segue sendo um obstáculo para o programa, especialmente em estados das regiões Norte e Nordeste, onde a carência é mais acentuada.

“Estamos trabalhando em programas que diminuem o tempo de espera do paciente nas filas. Além disso, nos últimos dois anos concentramos nossos esforços na reestruturação do SUS, que passou por um período de desestruturação. Nosso objetivo é que a população seja atendida em tempo hábil e com muita qualidade”, diz a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

De acordo com o Ministério da Saúde, a maior parte dos especialistas está concentrada no Sudeste, o que intensifica as desigualdades no acesso à saúde, dificultando a implementação efetiva do programa e a redução das filas de espera.

Nísia em Porto Alegre

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nessa sexta-feira (24), em Porto Alegre, uma série de medidas voltadas ao fortalecimento do SUS no Rio Grande do Sul. O Plano de Ação Regional do programa Mais Acesso a Especialistas tem como objetivo reduzir o tempo de espera para consultas e exames especializados, organizando o fluxo de atendimento nas unidades de saúde.

O programa prevê que pacientes com suspeita de câncer obtenham diagnóstico em até 30 dias, enquanto outras especialidades terão prazo de até 60 dias. As áreas prioritárias contempladas incluem oncologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Para a implementação do programa, no Rio Grande do Sul, foram destinados R$ 65 milhões, com planos de ação já aprovados para a primeira fase do programa. Os municípios contarão com suporte técnico e financeiro do Ministério da Saúde para a organização da demanda e ampliação dos atendimentos especializados.

“Estamos investindo para que as pessoas tenham acesso ao diagnóstico e tratamento sem burocracias e longas esperas. Tempo é saúde, e nosso foco é garantir celeridade e qualidade no atendimento”, destacou a ministra.

Na agenda, a ministra também apresentou a Rede Alyne, iniciativa que substitui a antiga Rede Cegonha e tem como meta reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027. A ação prioriza a ampliação do atendimento pré-natal, parto e pós-parto, com foco especial nas mulheres em situação de vulnerabilidade, principalmente as mulheres negras.

“A Rede Alyne é um compromisso com a vida das mulheres brasileiras, garantindo que todas tenham acesso a um atendimento seguro, digno e de qualidade, independentemente de onde vivam”, ressaltou Nísia.

No Rio Grande do Sul, estão previstas a construção de uma maternidade em Porto Alegre e de um Centro de Parto Normal em Bagé, como parte das ações para melhorar a assistência às gestantes e puérperas no Estado.

Também nessa sexta, na capital gaúcha, a ministra visitou o Hospital Cristo Redentor para a entrega de novos equipamentos de saúde.

“A saúde pública precisa ser ágil, eficaz e acessível para todos. Com esse programa, estamos garantindo um SUS mais organizado e resolutivo para a população gaúcha, especialmente diante dos desafios que o estado enfrenta na reconstrução dos seus serviços de saúde”, disse.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Governo brasileiro celebra o cessar-fogo em Gaza
Seis anos após tragédia em Brumadinho, Minas Gerais tem mais de 40 barragens em nível de alerta ou emergência
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News