Sábado, 18 de Janeiro de 2025

Home Política “Talvez eu tenha uma amante lá”, diz Bolsonaro sobre estadia na Embaixada da Hungria

Compartilhe esta notícia:

Questionado pelo jornal americano The New York Times, o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou sobre sua breve estadia de duas noites na Embaixada da Hungria, um episódio que gerou especulação na mídia. Segundo Bolsonaro, a motivação para sua permanência na embaixada poderia estar relacionada a uma “amante”.

O episódio, que foi revelado pelo jornal em março de 2024, ocorreu em fevereiro do mesmo ano, pouco depois que o ex-presidente teve seu passaporte confiscado e dois de seus ex-assessores foram presos. Durante a entrevista, Bolsonaro foi direto ao responder a pergunta sobre o possível motivo de sua estadia, dizendo: “Quem sabe? Talvez eu tenha um amante lá”, afirmando com ironia, enquanto o repórter insistia no questionamento. O ex-presidente continuou sua resposta enigmática: “É um segredo. Talvez um dia você descubra.”

Na conversa com o The New York Times, Bolsonaro confirmou que realmente passou duas noites na representação diplomática da Hungria, país governado pelo premier conservador Viktor Orbán. Ao ser questionado sobre o motivo de sua estadia, ele inicialmente explicou que ficou na embaixada devido a uma questão de “fuso horário com quem ele estava falando”.

Contudo, quando o repórter indagou se ele já tinha permanecido em outras embaixadas, Bolsonaro respondeu de forma evasiva, mencionando suas relações internacionais: “Quem sabe? Sou amigo de Israel. Eu me dou bem com países do mundo árabe. Não vou dizer o que faço porque isso dá uma narrativa para perseguir. Sou um cidadão livre”, afirmou, destacando sua postura de independência e liberdade.

Em outro momento da entrevista, o ex-presidente foi questionado sobre a possibilidade de estar em busca de asilo. Bolsonaro, então, se mostrou mais desconfortável com a pergunta e, ao responder, sugeriu que estava sendo alvo de perseguição política.

“Não é estranho que eu esteja sendo perseguido? Qualquer coisa que eu possa dizer, o outro lado poderia me atacar”, afirmou. Ele também mencionou um encontro que teve com o presidente Viktor Orbán, da Hungria, na Argentina, durante a posse do presidente argentino Javier Milei. “Eu me dou bem com ele. Não foi um crime o que eu fiz. Se tivesse havido algum crime, eles teriam me prendido”, disse Bolsonaro, reforçando que suas ações estavam dentro dos limites legais e não configuravam nenhuma infração.

Durante a entrevista, o vereador Carlos Bolsonaro, que acompanhava o pai, também foi questionado sobre sua visita à embaixada húngara. No entanto, o vereador não teve a chance de responder, sendo interrompido por um advogado presente na sala, que solicitou que a conversa seguisse em off, segundo relato do New York Times. Esse momento gerou ainda mais especulação sobre o contexto e as circunstâncias em torno da visita à embaixada.

Bolsonaro aproveitou ainda para fazer uma observação sobre sua situação pessoal e a dificuldade de sair do Brasil sem passaporte. “Você acha que eu teria problemas para sair do Brasil agora? Sem passaporte? Não há um monte de imigrantes ilegais indo para os Estados Unidos? Eu sou capitão do Exército. Estou acostumado com as dificuldades por aí”, comentou, reafirmando seu perfil combativo e sua experiência diante das dificuldades que teria que enfrentar.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Bolsonaro fala sobre eleição de 2026: “Se eu continuar inelegível, não acredito mais em democracia”
O roteiro de aliados de Bolsonaro que viajarão aos Estados Unidos para a posse de Trump
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada