Sábado, 18 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 18 de janeiro de 2025
O índice global de desemprego permaneceu em 5% em 2024, o mesmo patamar de 2023. O dado consta no relatório Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo: Tendências 2025 (World Employment and Social Outlook: Trends 2025), divulgado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Entre os fatores que colaboram para a dificuldade da recuperação do mercado de trabalho, estão as tensões geopolíticas e o aumento dos custos em razão das mudanças climáticas.
De acordo com a entidade, a economia mundial está em expansão em ritmo moderado, porém, a previsão é de perda do dinamismo, impedindo uma recuperação forte e duradoura do mercado de trabalho.
“O crescimento econômico ficou em 3,2% em 2024, abaixo dos 3,3% e 3,6% em 2023 e 2022, respetivamente. Espera-se uma expansão semelhante em 2025 e depois uma desaceleração gradual no médio prazo”, apontou a OIT.
Trabalho informal
O relatório pontuou que o trabalho informal e a quantidade de trabalhadores pobres voltaram aos níveis do período pré-pandemia. Os países de baixa renda, segundo a entidade, se defrontaram com mais desafios para a geração de postos de trabalho. Nessas localidades, a parcela de homens jovens nem-nem, ou seja, que nem estudam nem trabalham, aumentou quase quatro pontos percentuais acima da média atingida nos anos que antecederam a pandemia.
No ano passado, entre o total de pessoas sem emprego formal, sem frequentar a escola ou sem fazer capacitações, os homens jovens chegaram a 85,8 milhões (13,1%), e as mulheres jovens, a 173,3 milhões (28,2%). De 2023 para 2024, houve um acréscimo de 1 milhão e 1,8 milhão, respectivamente.
“Os jovens, especialmente, continuam a enfrentar taxas de desemprego muito mais elevadas – cerca de 12,6% –, com poucos sinais de melhorias”, diz o relatório.
Déficit global de empregos
Ao todo, o déficit mundial de empregos – o número estimado de pessoas que querem trabalhar, mas não conseguem conquistar um emprego – atingiu 402 milhões no ano passado. Esse número é composto por 186 milhões de desempregados, 137 milhões de pessoas desencorajadas a procurar trabalho e 79 milhões que gostariam de trabalhar, mas têm obrigações, como exercer funções de cuidado de outras pessoas, que as impedem de ter acesso ao emprego.
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