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Por Redação Rádio Pampa | 28 de agosto de 2022
O Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) da NASA capturou a primeira evidência clara de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera de um planeta fora do sistema solar, os chamados exoplanetas. O WASP-96b já havia sido observado outras vezes pelos especialistas do Webb e agora exemplifica possíveis novas atribuições do telescópio.
O WASP-96b é um planeta gasoso quente com uma massa equivalente, aproximadamente, a um quarto da massa e um diâmetro 1,3 vezes maior que Júpiter. A temperatura no exoplaneta é de 900°C.
Ao contrário de outros planetas gigantes gasosos mais frios e compactos do nosso sistema solar, o WASP-39 b orbita muito perto da sua estrela — cerca de um oitavo da distância entre o Sol e Mercúrio — e completa um circuito em pouco mais de quatro dias terrestres.
Usando o espectrógrafo de infravermelho próximo da Webb (NIRSpec), os especialistas identificaram a primeira evidência clara e detalhada de dióxido de carbono já detectada em um planeta fora do sistema solar.
O dióxido de carbono é um componente importante das atmosferas dos planetas do nosso sistema solar, encontrado em rochosos, como Marte e Vênus, bem como gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno.
“Observações anteriores deste planeta com Hubble e Spitzer nos deram pistas tentadoras de que o dióxido de carbono pode estar presente. Os dados do JWST mostraram uma característica inequívoca de dióxido de carbono que era tão proeminente e que praticamente gritava conosco”, explica Natalie Batalha, professora de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz e que liderou a equipe que fez a descoberta.
Para os especialistas, entender a composição da atmosfera de um planeta é importante para explicar sobre a origem do planeta e como ele evoluiu. “Medindo essa característica de dióxido de carbono, podemos determinar quanto sólido versus quanto material gasoso foi usado para formar este planeta gigante gasoso. Na próxima década, o JWST fará essa medição para uma variedade de planetas, fornecendo informações sobre os detalhes de como os planetas se formam e a singularidade do nosso próprio sistema solar”, garante Mike Line, da Arizona State University e que também participou da descoberta.
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