Sábado, 21 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 24 de junho de 2022
A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro para ele não “destruir” ou “ocultar” supostas provas, mesmo que não tenha ocorrido tentativas assim em quatro meses de investigação, deu ao governo a certeza de que vem aí uma onda de sentenças contrárias ao governo, incluindo prisões, com o objetivo enfraquecer a reeleição de Jair Bolsonaro. “Vamos medir nesta campanha o quanto o Judiciário vai interferir no processo eleitoral”, disse ontem o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Ativismo
Para Barros, o juiz prendeu o Ribeiro por ativismo político, como medidas que quis impor ao presidente, na pandemia, sem ter essa competência.
Veia esquerdista
“O juiz tem a veia da esquerda e pretendeu, com a prisão do ex-ministro, produzir danos políticos ao presidente Bolsonaro e aliados”, disse o líder.
Prisão ‘vai que…’
O juiz criou a prisão “vai que….”: alegou periculum libertatis de Ribeiro. Ou seja, por ter sido ministro, ele poderia ocultar ou destruir provas.
Afinidades
Sintonizado com as alegações da oposição contra o governo, o juiz disse que a investigação poderia ser afetada por um tal “gabinete paralelo”
CPI do MEC ou da Petrobras podem furar a fila
Deputados colhem assinaturas para abrir a CPI da Petrobras, enquanto senadores tentam instalar a CPI do MEC. É possível que ambos tenham sucesso e, mais uma vez, furem a fila como aconteceu com a CPI da Pandemia. No Senado, há duas comissões aguardando instalação para investigar desmatamento e queimadas ilegais na Amazônia, mas como o palco do MEC rende holofotes maiores, deve ter prioridade e passar à frente. Na Câmara, há seis pedidos de CPI que aguardam instalação.
Medo do Barroso
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco confirmou que, se a CPI tiver assinaturas, será instalada. A situação da Amazônia não é emergência?
Na gaveta
Na Câmara, a fila tem CPI de exploração sexual de crianças, relações financeiras entre Brasil-Cuba, das passagens aéreas, da ‘Vaza Jato’ etc.
Curiosidade
A Câmara tem 15 comissões especiais para analisar PECs na fila de instalação, incluindo uma que versa justo sobre depoimentos em CPIs.
Culpa da vítima
Os que roubaram a Caixa podem ficar tranquilos. O Ministério Público Federal (MPF) pretende que o “banco social” pague R$ 5 bilhões pela corrupção do período em que os governos do PT a saquearam.
Outros tempos logo ali
Ao menos oito ex-ministros dos governos do PT foram presos entre 2015 e 2018: Paulo Bernardo, Guido Mantega, Antonio Palocci, José Dirceu, Wagner Rossi, Geddel Vieira Lima, Antonio Andrade e Neri Geller.
Interdependência
Presidente do Cidadania, Roberto Freire explicou por que Lula saiu em defesa da investigação e contra prisão de Milton Ribeiro. “Solidariedade dos que sabem o que é corrupção. Se Bolsonaro cair, cai Lula também”.
Anderson na garupa
O presidente Bolsonaro fez questão de convidar para sua garupa, na motociata de Caruaru, o pré-candidato que apoia ao governo de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), em cuja vitória ele aposta.
Gabinete do ódio
O empresário Luciano Hang acrescentará R$ 25 mil ao obeso saldo bancário: é o valor que o ativista do PT Gregorio Duvivier terá de pagar por incitação à violência, ao pregar o assassinato do “veio da Havan”.
Um faz, outro desfaz
Após o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) anunciar a lei do “voucher caminhoneiro”, virou piada na internet o eventual anúncio da Petrobras de uma “taxa exclusiva para caminhoneiros”.
Feliz da vida
Ex-ministro do Turismo e pré-candidato ao Senado, Gilson Machado também pegou carona de Bolsonaro na motociata. “Primeira vez na história, um presidente vem no São João de Caruaru”, exultou.
Percepção mudou
Pesquisa Rasmussen, nos Estados Unidos, identificou que a percepção de quem está “vencendo a guerra” virou: em maio, era Ucrânia 25% a 15% da Rússia. Inverteu em junho: Ucrânia 14% contra 24% da Rússia.
Pensando bem…
… o procurador tinha que ser levado a uma prisão comum, para ver o que acontece com quem bate em mulher.
PODER SEM PUDOR
Que satisfação!
Quase um ano depois da morte do chefe político nordestino Pedro Badoque, uma comissão de inquérito da ditadura sugeriu o confisco dos seus bens. Ministro da Justiça, Petrônio Portella temia uma injustiça contra a família do morto. Pediu provas. E um atestado de óbito. Dias depois, ele recebeu um ofício da Polícia Federal: “Senhor Ministro, temos a satisfação de encaminhar o laudo cadavérico do sr. Pedro Badoque” etc. Petrônio sapecou um despacho na parte de cima do papel: “Que mórbida satisfação!”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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