Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025

Home Brasil Terra Yanomami atacada pelo garimpo está sem fiscalização há 5 meses, diz associação

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A Associação Nacional dos Servidores de Meio Ambiente (Ascema) divulgou uma nota pública relatando que nenhum servidor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) foi enviado à Terra Indígena Yanomami desde dezembro de 2021, há cinco meses.

Intitulada “Governo Bolsonaro boicota IBAMA e ICMBio no caso Yanomami”, a nota afirma que não houve qualquer ação de fiscalização do Ibama, apesar de haver determinação para cumprimento.

A associação define como “desastrosa” as ações do governo federal para recrutar novos agentes e lamenta o “abandono” de programas e planos de combate ao desmatamento.

O Ibama e o ICMBio forma procurados para responder, mas não retornaram.

“Sem fiscalização, as atividades criminosas ganharam espaço para se desenvolver livremente, colocando sob risco não apenas os povos originários do Brasil, mas também toda a população, as futuras gerações, bem como a nossa megabiodiversidade”, conta no documento.

A nota foi divulgada no dia 6 de maio, em meio à tensões envolvendo a Terra Indígena Yanomami. O relatório da Hutukara, divulgado no dia 11 de abril, mostra que de outubro de 2018 até o fim de 2021, a área destruída pelo garimpo ilegal quase dobrou de tamanho, ultrapassando 3,2 mil hectares.

Apenas nos três primeiros meses de 2021, a degradação foi equivalente a 200 campos de futebol. Ao todo, se comparado a 2020, o ano passado registrou um aumento de 46%.

O documento também define como “interpretações propositadamente equivocada” as decisões da presidência do Ibama que “favorecem a prescrição de milhares de processos de autos de infração,promovendo uma verdadeira anistia em massa de infratores punidos”.

“Serão anos de gastos públicos no combate aos delitos ambientais jogados no lixo. Essa impunidade gera descrença nas instituições e promove um ambiente favorável à destruição ambiental e ao ferimento dos direitos dos povos originários”.

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