Domingo, 22 de Dezembro de 2024

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É preciso vasculhar em todos os cantos, procurar com lupa para encontrar, no terreno baldio das ideias e das declarações de Jair Bolsonaro, algo que preste. Ou as suas formulações são simplesmente falsas, ou são meias-verdades (que também são meias mentiras) , ou são ilações arbitrárias, suposições forçadas, previsões alarmistas e despropositadas.

O material é farto. Não é preciso longas elucubrações para localizar em cada declaração do homem, a fragilidade do argumento, a tropelia dos fatos, a falácia – tudo advindo do mundo imaginário em que ele parece habitar.

Semana passada ele reclamou de novo do STF. “ Me tiraram o direito de conduzir a pandemia. Fui tirado pelo Supremo”. Isso já foi explicado “n” vezes, mas nada o silencia. Ninguém tirou nada de Bolsonaro na pandemia. O que o Supremo fez foi definir com rigor as atribuições de União, Estados e Municípios no combate à pandemia – dar clareza ao que já estava escrito na Constituição e na lei.

E se assim não fosse, se não estivesse na CF e na lei, o que ele iria fazer? Mesmo que ele não fosse o personagem teimoso, obtuso, negando a vacina, a máscara, o isolamento, de toda sorte, as atribuições, as responsabilidades na ponta do enfrentamento da doença, só poderiam estar os estados e os municípios. É onde estão os hospitais, os postos de saúde – é onde se dá a ação concreta do Sistema Único de Saúde.

Bolsonaro se arvora em conhecedor da medicina, de pandemia e Covid : “ Eu não errei nenhuma das sugestões que dei para a população “. “Cuma”? É assim que perguntaria Didi Mocó ao ouvir tamanho disparate. Então o sujeito se diz contra o isolamento, a máscara, a vacina, ironiza os infectados(“maricas”) despreza os mortos como se tivessem de morrer de todo o jeito, e não errou nenhuma? Santo Deus! Não é que ele não errou nenhuma – não acertou nenhuma.

 

Um twitter do presidente fala da transposição do Rio São Francisco, como uma obra redentora do Nordeste. E é mesmo. Mas ele veicula a façanha somente ao seu governo. Se o leitor ler distraído, achará que a monumental realização começou e acabou no seu governo.

É um dos seus lados mais obscuros: cheio de si, se gaba de obras e realizações que em muito transcendem o seu governo. A transposição do São Francisco é velha há mais de 20 anos. A maioria das obras se deu nos governos de Lula e Dilma, uma pequena parcela no governo Temer. Bolsonaro, só fez os arremates finais.

Há dias o presidente se vangloriou: “ estamos há três anos e meio sem corrupção “. Já estava em pleno curso a farra das verbas do orçamento secreto. É corrupção da grossa, descarada, de espécie jamais imaginada nos governos anteriores. Os parlamentares amigos recebem vultosas verbas públicas para servirem às suas bases e são protegidos pelo sigilo: tudo se faz à sombra, em segredo. É o mensalão, não calculado em milhões, como no tempo de Lula, mas em bilhões de reais.

Sem corrupção ? Entre os políticos que apoiam Bolsonaro estão três notórios ex-prisioneiros, dos mais famosos, condenados por corrupção : José Roberto Arruda, Eduardo Cunha e o presidente do partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto.

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