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Por Redação Rádio Pampa | 27 de junho de 2022
Um hábito comum dos brasileiros é o de tomar café, especialmente logo depois de acordar. Estudo recente da Universidade de Bath, entretanto, indica que a bebida ao despertar prejudica significativamente o metabolismo e o controle do açúcar no sangue. Portanto, vale tomar certos cuidados.
“A cafeína e o café cafeinado provocam insensibilidade aguda à insulina quando ingeridos imediatamente após o jejum noturno. Com isso, a quantidade de glicose no sangue ficará aumentada pouco tempo após o consumo”, afirma a nutricionista Maiara Soares, mestre em ciências pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
Consumir o cafezinho acompanhado de outros alimentos pode ajudar a reduzir esse efeito, conta Maiara: “Ao consumir a cafeína junto a outros alimentos, a produção de insulina tende a manter níveis de glicose no sangue dentro dos parâmetros de cada indivíduo. Não significa dizer que consumir quaisquer alimentos (como aqueles ricos em açúcares livres ou simples) vá levar a uma normalização, mas sim que um consumo moderado de açúcares livres pode reduzir possíveis efeitos deletérios relacionados ao aumento da glicemia”.
Melhor horário
A nutricionista lembra que o consumo habitual de uma a três xícaras de café por dia, independentemente do modo de preparo, pode trazer benefícios à saúde e diminuir riscos de desenvolvimento de doenças, como diabetes e doenças cardiovasculares. Mas qual seria o melhor momento para consumi-lo pela primeira vez no dia?
“O ideal é consumir café 30 a 40 minutos após acordar e de preferência acompanhado com uma refeição (pão e frutas, por exemplo) nunca sozinho. Outra opção é o consumo de café descafeinado, pois não tem a presença de cafeína, porém ainda contém compostos antioxidantes, principalmente os ácidos fenólicos que contribuem para uma melhor saúde.”
Maiara conta que o consumo de cafeína ao acordar também pode interferir nos índices de cortisol no corpo e, consequentemente, no metabolismo. O cortisol ajuda o organismo a controlar inflamações, o estresse, os níveis de açúcar no sangue e pressão arterial.
“A cafeína em doses dietéticas aumenta a secreção de cortisol, o que pode ser interessante ao longo do dia para o bem-estar geral e estado de alerta do indivíduo. Mas pode prejudicar o sono e contribuir para as queixas de insônia e consequente aumento de estresse se ingerido em altas doses ou próximo do horário noturno, quando o corpo deve baixar os níveis de cortisol.”
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