Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 28 de outubro de 2024
Uma corte francesa adiou julgamento do ator francês Gérard Depardieu nesta segunda-feira (28) pela suposta agressão sexual de duas mulheres em um set de filmagem em 2021, depois que seus advogados argumentaram que ele estava muito doente para se defender.
Os promotores afirmam que as supostas agressões ocorreram durante as filmagens de “Les Volets Verts” (As Persianas Verdes). Em uma declaração enviada por email à Reuters, o advogado de Depardieu Jérémie Assous disse que o ator apresentaria testemunhas e provas que “demonstram que ele é alvo de falsas acusações”.
Um dos maiores astros de cinema da França, Depardieu tem estado no centro de um número crescente de acusações de abuso sexual nos últimos anos que mancharam seu legado. Depardieu, de 75 anos, sempre negou qualquer má conduta.
Seu julgamento marca o caso #MeToo de maior visibilidade a ser levado aos tribunais na França, um país onde o movimento de protesto contra a violência sexual contra as mulheres sofreu para ganhar força na indústria cinematográfica e expôs divisões mais amplas sobre conduta sexual.
Os promotores acusam Depardieu de apalpar uma das mulheres no set de filmagem, puxando-a em sua direção e prendendo-a com suas pernas antes de tocar sua cintura, quadris e seios enquanto dizia palavras obscenas. Três pessoas testemunharam a cena, segundo eles.
A segunda mulher foi apalpada por Depardieu no set de filmagem e na rua, alegam os promotores. Depardieu não compareceu à audiência desta segunda-feira, quando o julgamento deveria começar. Seu advogado disse ao tribunal que ele sofria de pressão alta e problemas relacionados a diabetes de longo prazo.
Em resposta ao número crescente de alegações contra ele, Depardieu escreveu no ano passado no jornal conservador Le Figaro: “Nunca, jamais, abusei de uma mulher. Ferir uma mulher seria como dar um chute no estômago de minha própria mãe”.
Se for considerado culpado, ele poderá enfrentar uma possível sentença de cinco anos de prisão e uma multa de 75.000 euros.
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