Quarta-feira, 08 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 6 de janeiro de 2025
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou nesta segunda-feira (6) que o presidente Joe Biden está “fazendo todo o possível” para tornar seu retorno à Casa Branca mais difícil. Em 20 de janeiro o presidente eleito fará o juramento de posse no Capitólio. Em 2021, Trump não compareceu à posse do democrata Joe Biden. Este último, por sua vez, pretende participar da cerimônia, mesmo com a vitória do opositor.
“Biden está fazendo todo o possível para tornar a TRANSIÇÃO tão difícil quanto possível, de um lawfare [aparelhamento do poder político] como nunca se viu antes, a ordens executivas ridículas e onerosas ligadas à fraude do ‘New Deal verde’ e outras mentiras para desperdício de dinheiro”, escreveu em publicação na Truth Social.
“Não temam, todas essas ‘ordens’ serão revogadas em breve, e nós iremos nos tornar uma nação de bom senso e força. MAGA [Make America Great Again]!!!”, adicionou.
A postagem foi feita no dia que marca o quarto aniversário da invasão ao Capitólio, promovida por apoiadores de Trump no dia 6 de janeiro de 2021 com o objetivo de interromper a certificação dos resultados eleitorais após a derrota do republicano nas eleições presidenciais de 2020.
O presidente eleito também afirmou em entrevista a uma rádio que “eles irão fazer tudo que podem para tornar [a transição] a mais difícil possível”.
“Eles falam sobre uma transição. Eles sempre estão dizendo ‘oh, não, nós queremos ter uma transição tranquila de partido para partido no governo. Bem, eles estão tornando o processo muito difícil. Eles estão colocando tudo que podem no caminho”, acrescentou.
Na mesma entrevista, o republicano afirmou que tentaria desfazer a ação tomada por Biden nesta segunda de banir permanentemente o desenvolvimento futuro de petróleo e gás offshore em partes dos oceanos Atlântico e Pacífico. Trump precisaria de ação legislativa para reverter a decisão de Biden.
“Democracia americana prevaleceu”
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse que “hoje, a democracia da América [Estados Unidos] prevaleceu”, em referência à conclusão pacífica da certificação da vitória de Donald Trump pelo Congresso do país nesta segunda.
Mais cedo nesta segunda, ela presidiu a sessão conjunta da Câmara e do Senado dos EUA que validou a vitória de Donald Trump. JD Vance, companheiro de chapa do republicano e vice-presidente eleito, estava na sala. Ele é senador do Estado de Ohio.
A democrata ressaltou que a transição pacífica de poder, assim como aconteceu na cerimônia, deve ser a “norma” e é um dos pilares da democracia do país.
“Hoje, fiz o que fiz minha carreira inteira, que é levar o juramento a sério, que fiz diversas vezes, de apoiar e defender a Constituição dos Estados Unidos”, comentou.
“Acredito muito fortemente que a democracia dos Estados Unidos só é tão forte quanto a nossa disposição de lutar por ela”, adicionou.
Ao final da contagem dos votos dos delegados, o presidente do Senado anuncia os resultados. Quem lidera o Senado americano é o vice-presidente do país, por determinação da Constituição.
Assim, neste caso, quem presidiu a sessão de certificação foi Kamala Harris, candidata derrotada por Trump no último pleito. Ela não foi a primeira vice-presidente a confirmar a própria derrota. Em 2001, por exemplo, o vice-presidente democrata Al Gore presidiu a contagem da eleição de 2000, na qual ele perdeu para o republicano George W. Bush. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.
No Ar: Pampa News