Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 11 de novembro de 2022
O selo “Oficial” do Twitter, o “verificado do verificado”, voltou para a rede social. Nesta sexta (11), a plataforma anunciou o retorno da etiqueta de autenticidade que será atribuída exclusivamente para governos, empresas, parceiras e figuras públicas relevantes.
A primeira aparição do selo “Oficial” aconteceu na quarta-feira (9). A adição serviu como uma forma de diferenciar contas verificadas devidamente autenticadas e relevantes dos usuários pagantes do Twitter Blue. A medida, porém, não durou nem mesmo um dia, já que Elon Musk, dono do Twitter, decidiu “matar” a funcionalidade.
O novo Twitter Blue com selo de verificado causa problemas desde o seu lançamento oficial, na última quarta (9). A distribuição irrestrita do selo provocou uma onda de contas fakes na plataforma, com farsantes se passando por empresas, políticos, famosos e até Jesus Cristo, até que a empresa suspendeu a atribuição do selo para contas recém-criadas — medida que deve minimizar o problema, ao menos por enquanto.
A rede social do passarinho tratou de banir todas as contas falsas assim que a notícia começou a se espalhar pela mídia, mas a velocidade de exclusão é muito menor que a de criação de fakes, o que obrigou o bloqueio do acesso ao Twitter Blue para perfis recentes.
Distinção
Sem o selo “Oficial” fica mais difícil diferenciar usuários pagantes e contas verificadas por relevância de forma fácil. Para isso, o usuário precisa acessar o perfil e tocar sobre o ícone de verificado para conferir sua origem, ou baixar uma extensão para navegador que diferencie as etiquetas.
O “Oficial” do Twitter funciona quase da mesma forma que o selo de verificado antigo: a tag não pode ser comprada e é atribuída somente a contas devidamente autenticadas pela plataforma. Nem todos os usuários com a etiqueta antiga receberam o “Oficial”, mas o ícone também é entregue para perfis de criadores de conteúdo e celebridades.
Bagunça interna
O objetivo de Elon Musk era acabar com a distinção entre “senhores e camponeses”, uma comparação entre verificados e não verificados. O problema é que o tick azul nunca serviu para criar castas na plataforma, e sim para diferenciar contas verdadeiras das falsas quando se trata de alguma figura notável em áreas como jornalismo, artes e governo. Ao oferecer o selo para todos, a funcionalidade original foi pelo ralo.
As idas e vindas do selo sugerem que o Twitter deve passar por um sério caos no fluxo de trabalho. A bagunça deve estar acontecendo devido às demandas rápidas do novo dono da plataforma e a redução significativa no corpo de funcionários.
O bilionário dono da Tesla não deve interromper definitivamente a venda da marca de verificação tão facilmente porque vê nisso uma oportunidade de gerar receita. No entanto, a elevada quantidade de problemas pode obrigá-lo a rever as previsões iniciais, principalmente ao penalizar os novos usuários legítimos.
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