Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 14 de outubro de 2022
A Apple começou a vender nesta sexta-feira (14) os smartphones de sua linha mais recente. O iPhone 14, apresentado no último dia 7 de setembro, tem três versões principais e os preços vão de R$ 7.599 a R$ 15.499.
O modelo mais “básico” dessa nova linha é o próprio iPhone 14, que pode ter 128 GB, 256 GB ou 513 GB de memória. O preço, claro, vai subindo de acordo com o armazenamento.
O “intermediário” dessa vez é o iPhone 14 Pro. Nele, além das opções com 128 GB, 256 GB e 512 GB de memória, o cliente pode optar por 1 TB de armazenamento. Em relação ao preço, ele também aumenta conforme o armazenamento. Porém, se um cliente prefere um aparelho maior e com mais câmeras em vez de uma grande memória, o iPhone 14 Pro de 128 GB ou 256 GB sai mais e conta do que o iPhone 14 de 512 GB.
O “top de linha” do lançamento mais recente é o iPhone 14 Pro Max, que conta com as mesmas opções de memória do iPhone 14 Pro. De novo, aqui vale a máxima das preferências do cliente. Afinal, um iPhone 14 Pro Max de 128 GB sai mais barato do que um iPhone 14 de 512 GB. É bem verdade que são só R$ 100 de diferença. Mas já é alguma coisa.
O quanto o iPhone encareceu?
Os altos preços do iPhone não são exatamente uma novidade, mas eles vêm subindo de maneira bastante considerável de uns anos pra cá.
Para se ter uma ideia, o primeiro iPhone lançado no Brasil foi o modelo 3G, em 2008. Na época, ele era vendido especialmente pelas operadoras e custava de R$ 1 mil a R$ 2,60 mil. Corrigido pela inflação, esses valores hoje seriam de R$ 2,24 mil a R$ 5,8 mil.
Uma comparação justa de se fazer, no entanto, seria com o iPhone 6, o primeiro a ter um “irmão” mais turbinado, o iPhone 6 Plus. A versão mais básica do iPhone 6, com 16 GB de memória, custava R$ 3.199 em 2014, seu ano de lançamento. Corrigido pela inflação, esse valor seria de R$ 5.099,30. Já a versão mais cara na época era a do iPhone 6 Plus de 128 GB, vendida por R$ 4.399. Corrigido pela inflação, o custo seria de R$ 7.012,13.
É importante frisar que o preço praticado pela empresa criada por Steve Jobs é o mesmo em todos os países. Portanto, se ela fabrica um aparelho e o vende com margem de lucro de 20%, essa conta será igual em todos os países. O “problema” é o custo extra que provém de impostos do país em que o telefone é comercializado e da logística, que influencia no valor final pelo qual o aparelho é vendido para o consumidor.
Compro um iPhone ou uma bicicleta?
Os altos preços dos aparelhos da Apple tendem a assustar os consumidores. Especialmente quando se leva em consideração o salário-mínimo no Brasil, atualmente fixado em R$ 1.212. Isso significa que o trabalhador que recebe esse valor mensalmente, precisaria trabalhar mais de seis meses para conseguir comprar a versão mais básica da linha recente. Para comprar um top de linha, seria preciso mais de um ano de trabalho.
Se esses números não assustam, talvez essa comparação o faça: com o valor de um iPhone 14 Pro Max de 1 TB, o trabalhador poderia comprar um carro. É bem verdade que não seria um modelo 0km, mas também não se trata de um “cacareco” antigo.
No site Webmotors é possível encontrar, por exemplo, modelos como o Peugeot 207 do ano de 2011 sendo vendidos a R$ 15.500, praticamente o mesmo valor do aparelho mais caro da nova linha da Apple. Já um Peugeot 206 do ano de 2005 pode ser comprado por R$ 7 mil no mesmo site. Ou seja, é até mais barato do que o modelo mais básico do iPhone 14.
Se o que o consumidor procura não é um carro, mas sim um celular, saiba que com o valor de um iPhone 14 de 128 GB (ou seja, o mais barato dentre as novidades), ele pode comprar dois aparelhos da Apple.
Um iPhone 13 de 128 GB (lançado no ano passado) pode ser encontrado em varejistas como a Fast Shop por R$ 4.799 e um iPhone XR de 128 GB (lançado em 2018) é vendido em lojas como o Ponto (antigo Pontofrio) por R$ 2.459. Somando o valor dos dois, o cliente gasta R$ 7.258. Ou seja, ainda sobra R$ 340 do que ele gastaria em um iPhone 14 mais básico.
Mas, tratando-se de determinados consumidores (como os fãs da Apple que acompanham os lançamentos da marca), o desejo só será satisfeito com o próprio iPhone 14. Se faltar dinheiro para comprar um, no Valor investe já contamos o quanto é preciso investir (e por quanto tempo) para adquiri-lo.
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