Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 11 de maio de 2024
A União Europeia pediu à plataforma digital X (antigo Twitter) para explicar o corte nos recursos de moderação de conteúdo, em meio a preocupações com a desinformação antes das eleições europeias em junho. A exigência faz parte da investigação da entidade sobre o X, do bilionário Elon Musk, que foi lançada em dezembro sob uma lei que reprime conteúdo ilegal online.
A União Europeia lançou uma investigação semelhante com Facebook e Instagram, da Meta, em meio a temores de que eles também estejam fazendo muito pouco para combater a desinformação. Bruxelas está especialmente preocupada com a ameaça de manipulação russa dos eleitores antes das eleições locais, de 6 a 9 de junho.
A Comissão Europeia disse que queria mais informações sobre as “atividades e recursos de moderação de conteúdo” do X depois que um relatório de transparência de abril mostrou que a empresa reduziu sua equipe de moderadores de conteúdo em “quase 20%” desde um relatório de outubro de 2023.
O X reduziu a “cobertura linguística dos moderadores na União Europeia de 11 línguas da UE para sete”, acrescentou. Também foi pedido que o X entregasse “informações detalhadas e documentos internos”.
Musk co-fundou a X.com em 1999, empresa de pagamento de serviços financeiros on-line e de e-mail. O negócio se fundiu com a Confinity, uma instituição de operações financeiras. Fusão entre as duas companhias deu origem ao Paypal, depois vendido para o Ebay por US$ 1,5 bilhão em 2002.
A UE também quer mais detalhes sobre “avaliações de risco e medidas de mitigação ligadas ao impacto das ferramentas generativas de IA nos processos eleitorais”, disse a comissão. O pedido parecia ser um aviso enquanto Musk lançava o seu chatbot Grok, que está disponível na Austrália, Grã-Bretanha, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos, mas ainda não na UE.
As empresas enfrentam regras mais rigorosas por conta da gigantesca lei de moderação de conteúdos da UE, conhecida como Lei dos Serviços Digitais (DSA), incluindo a realização de avaliações de risco antes de lançar um novo serviço no bloco e a implementação de medidas para mitigar esses perigos.
Já houve relatos de erros e desinformação do Grok, que o X oferece como ferramenta para resumir notícias e outros assuntos da plataforma. Até agora, a UE tem uma lista de 23 plataformas “muito grandes”, incluindo X, bem como TikTok e YouTube, que enfrentam maior escrutínio por parte da comissão.
As violações da lei acarretam o risco de multas de até seis por cento das receitas globais de uma empresa. A UE tem o poder de proibir uma plataforma que opera no bloco de 27 países por violações graves e repetidas. X deve responder às perguntas sobre moderação de conteúdo e IA generativa até 17 de maio.
No Ar: Pampa Na Tarde