Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 22 de março de 2022
O momento é muito delicado para abordar o tema vacina.
Mas a história começou em 1796, quando Edward Jenner observou que moradores de áreas rurais contraíam uma doença semelhante a varíola humana, mas não desenvolviam e nem morriam da mesma. Era a varíola bovina (cowpox).
Então, puncionou pústula de uma ordenhadora chamada Sarah Nelmes e inoculou o pus em garoto de oito anos, chamado James Phipps.
O menino adquiriu a forma branda da doença. Evoluiu para cura e ficou imunizado contra a varíola.
Por isso, a palavra vacina deriva do latim “vaccinae” que significa “derivado da vaca”.
Na época, Jenner não tinha uma explicação clara sobre o acontecimento e foi denunciado e ridicularizado.
Entretanto estava criada a vacinação!
A varíola matou mais de 300 milhões de pessoas no mundo.
É considerada globalmente erradicada pela eficácia da vacina.
O mesmo acontece com a poliomielite (paralisia infantil) que ainda existe de forma endêmica na Ásia.
A vacina tríplice (sarampo, caxumba, rubéola) e a da febre amarela são também exemplos de vacinas muito eficazes.
Segundo Sarah Caddy, da universidade de Cambridge, é sabido que nem todas vacinas oferecem o mesmo nível de proteção.
A vacina da varíola induz a “imunidade esterilizante”. Ela impede que você seja infectado!
O sistema imunológico esta tão atento que impede que o vírus penetre na célula e se multiplique.
Entretanto as atuais vacinas, que foram desenvolvidas numa velocidade sem precedentes (Coronavac, Pfizer, Astrazeneca, Janssen etc) não oferecem proteção absoluta. Elas impedem a replicação viral e se ela for lenta, a evolução da doença poderá ser totalmente ou parcialmente atenuada com ou sem sintomatologia.
A transmissão viral certamente é menor em pessoas vacinadas!
Neste cenário obscuro e cheio de duvidas ainda devemos reconhecer a capacidade do vírus originar diferentes cepas e driblar o nosso sistema imunológico. Quanta incerteza!
Quem nos protege mais: a vacina ou a imunização de rebanho que, divinamente, existe para salvar a nossa espécie?!
A gripe espanhola, no inicio do século passado matou mais de 50 milhões de pessoas e não havia vacina!!
Na verdade, as atuais vacinas deveriam ser chamadas de “atenuantes”. Entretanto, por duvidas terminológicas já fui “atenuado” por 3 vezes:
duas coronavac, e uma pfizer!
Prof. Dr Carlos Roberto Schwartsmann
médico professor universitário
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