Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de setembro de 2024
Há opções de cursos de ensino superior fora do Brasil para todos os perfis de jovens, dos cursos mais voltados para pesquisa aos de negócios, das mais bem posicionadas universidades do mundo às menores, o importante é começar cedo a preparação, dizem especialistas. Uma antecipação tanto do ponto de vista acadêmico, quanto financeiro.
Em geral, as universidades dos Estados Unidos e de outros países analisam o histórico escolar dos últimos quatro anos dos alunos (9º ano do ensino fundamental ao 3º do médio).
“Isso não dá para mudar depois. Se é um aluno média 7,5, ele tem perfil para um tipo de faculdade. Se é 9,5, para outro tipo, mais concorrida”, diz Otavio De Luca, sócio proprietário da empresa De Luca e Leão Sports, que faz consultoria para estudantes que querem estudar fora, mas por meio do futebol.
A empresa entra em contato direto com treinadores dos times universitários para a “venda” do atleta estudante. Se há interesse pelo jogador ou jogadora brasileiros, a parte acadêmica é então analisada.
“O atleta precisa tirar nota, mas entra por outro funil. Não compete com os que estão na admissão regular”, explica, completando que é preciso também manter o desempenho acadêmico durante a graduação, apesar da rotina pesada de treinos.
“Estar na UCLA (Universidade da Califórnia), por exemplo, é como treinar no Corinthians. Há atletas olímpicos nas faculdades, mas precisa tirar boas notas”, afirma.
Muitos atletas também conseguem bolsas, que são oferecidas pelos próprios treinadores conforme o interesse do time.
Foi o caso da brasileira Sofia Ramos, de 21 anos, que está no seu 3º ano como estudante de Design de Moda e como goleira do time do Stephens College, no Missouri (EUA). “O estudante atleta tem de saber organizar seu tempo, tem treino todos os dias, jogos aos fins de semana, mas também precisa estudar”, diz.
Na Europa, brasileiros com cidadania europeia também chegam a pagar o equivalente a 5% do valor da anuidade em cursos de graduação. Mas, sem desconto algum, o valor para estudar fora, contando ainda com as despesas de moradia, transporte e alimentação convertidas nas moedas locais, são sempre bem superiores.
Os custos são invariavelmente mais altos do que estudar numa universidade pública ou em faculdades privadas consideradas de excelência brasileiras, que têm mensalidades de cerca de R$ 7 mil.
Nas mais bem posicionadas universidades americanas, como Harvard, Columbia, Stanford, MIT, o valor gasto por ano chega a U$ 100 mil (R$ 550 mil).
Em instituições menores dos EUA fica em torno de U$ 35 mil (190 mil) por ano, enquanto na Europa são cerca de 20 mil euros (R$ 180 mil).
Brasileiros com cidadania europeia pagam menos, entre 1 mil a 5 mil euros por ano (R$ 6 mil a 30 mil), na maioria dos países do continente.
Consultorias no Brasil que atendem alunos desde o 9º ano do ensino fundamental, com preparação e até ajuda com bolsas, custam entre R$ 15 mil e R$ 100 mil.
Além das notas, os alunos ainda precisam organizar outros materiais para a seleção:
– Cartas de recomendação, em geral, de professores, que atestem serem bons estudantes;
– Redações pessoais que falem sobre seus projetos de vida e do por que gostariam de cursar aquela faculdade;
– Atestados de que participaram de atividades extracurriculares, como eventos, olimpíadas acadêmicas, voluntariado;
– Notas em provas de proficiência da língua, que depende do país e da instituição. Nos EUA, o mais comum é o SAT (que já é aplicado em vários colégios brasileiros);
– Em algumas universidades europeias há provas específicas, como se fosse um vestibular;
– Em instituições portuguesas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é aceito.
No Ar: Pampa Na Madrugada