Sábado, 28 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de dezembro de 2024
Internada em um hospital de Duque de Caxias (RJ), a agente comunitária Juliana Leite Rangel, de 26 anos, trava uma verdadeira luta pela vida. Ela foi atingida por um tiro na cabeça, na noite de terça-feira (24), durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Rodovia Washington Luís. O estado de saúde da paciente, segundo o último boletim médico, é considerado gravíssimo. Três policiais rodoviários federais confirmaram, ao prestar depoimento na Divisão de Polícia Federal (PF), terem participado da ocorrência que acabou com a jovem baleada.
A vítima estava em um Fiat Siena prata, com outras quatro pessoas da família que iriam a uma ceia em Niterói (RJ), quando o veículo foi alveado pelos disparos. O automóvel teria sido confundido pelos agentes com outro veículo, de cor e marca semelhantes, que supostamente havia participado de um ataque, na mesma estrada, contra outros policiais. Abaixo, veja cinco perguntas que ainda precisam ser esclarecidas pela investigação da PF.
Deyse Rangel, mãe da jovem, disse que a vítima demorou a ser socorrida pelos policiais. Ela conta que os agentes da PRF só ensaiaram algum socorro após a intervenção de um policial militar. Foi ele quem constatou que Juliana ainda estava respirando.
“Quando paramos, eles viram que fizeram besteira. Aí, do nada, uma patrulha da PM apareceu, perguntou o que estava acontecendo, e um policial pediu para checar a minha filha. Ele falou para mim que ela ainda estava respirando. Os agentes da PRF não fizeram nada, não tentaram socorrer, ficaram perdidos andando de um lado para o outro. Depois disso, eles botaram a Juliana no carro e a levaram para o hospital”, lembra ela.
“Vi a minha filha com a cabeça coberta de sangue. Eu me desesperei na hora, só sabia gritar. Fui para cima dele (agente da PRF) e falei: ‘Você matou a minha filha, seu desgraçado’. Ele deitou no chão, começou a se bater, pulando, mostrando que fez besteira”, disse.
1- Qual dos três policiais foi o responsável pelo tiro que atingiu a cabeça de Juliana Leite Rangel?
Ainda não se sabe quem foi o autor do disparo.
2- De qual das três armas apreendidas pela PF, que foram entregues pelos agentes, saiu o tiro que acertou a cabeça da vítima?
Foram apreendidos dois fuzis e uma pistola. A investigação ainda não sabe precisar de qual das armas partiu o tiro que atingiu Juliana.
3- Quantos disparos foram feitos na ação?
Deyse Rangel, mãe de Juliana e que também estava no veículo, estima em pelo menos 30 disparos. Uma perícia da PF foi feita e o laudo ainda é aguardado.
4- Todas as três armas fizeram disparos na ação da noite desta terça-feira? Ou apenas uma ou duas foram utilizadas?
As três armas passarão por uma perícia. O exame deve responder quantas e quais foram utilizadas pelos policiais.
5- Durante a mesma ação, Alexandre da Silva Rangel, pai da jovem, que dirigia o carro, teve um dos dedos da mão atingido por um tiro. O disparo foi feito da mesma arma que atingiu Juliana?
Um exame pericial, feito por peritos da Polícia Federal, poderá apontar a trajetória do disparo. Dependendo do resultado da perícia, será possível precisar o calibre da arma que feriu Alexandre.
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