Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025

Home Brasil Venda de veículos novos cresceu 14,15% em 2024 no Brasil

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Em 2024, os brasileiros compraram 2.634.514 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Os dados foram divulgados na quarta-feira (8) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Esse foi o melhor resultado em cinco anos, quando o País registrou 2,7 milhões de veículos zero km. O número também representa uma alta de 14,15% em relação a 2023, quando foram emplacados 2,3 milhões de veículos novos.

Segundo o novo presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, o setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos.

“Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro, sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano”, disse o executivo.

Para os próximos 12 meses, o executivo foi conservador ao renovar as projeções, dizendo que itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios do setor.

“Estamos diante de variáveis importantes em vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, explicou.

Juntando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 14% no ano de 2024. Segundo Arcelio Júnior, os segmentos foram beneficiados pela oferta de crédito e puderam atingir o melhor resultado desde 2019, último ano antes da pandemia.

“O número de fechamento do ano de 2024 é um dos 10 melhores já registrados no ranking histórico da Fenabrave, para os segmentos”, destacou o presidente.

Projeções

A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. A redução no crescimento esperado para este ano está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional.

Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável por projetar o cenário macroeconômico da Fenabrave, o governo de Donald Trump como presidente dos EUA é o maior ponto de apreensão.

“Com o cenário internacional mais volátil com a possível elevação dos juros nos Estados Unidos, o crescimento mundial será menor, inclusive o nosso”, comenta Tereza Fernandez.

A economista também aponta as altas taxas alfandegárias previstas para importações dos Estados Unidos como desafio para 2025. Olhando para o cenário nacional, Tereza acredita que a queda nas vendas prevista para 2025 está vinculada ao crédito mais caro, como consequência da alta nos juros.

“A gente vem de um movimento positivo na venda de carros e comerciais leves. Não espero queda brusca do crédito em 2025, ele vai desacelerar de forma suave”, diz.

“A inadimplência deve continuar baixa e a legislação [Marco Legal de Garantias], que facilitou tomar o bem em caso de não pagamento, podem segurar a baixa prevista das vendas na taxa prevista”, comenta Tereza.

“A alta dos juros deve desacelerar até o final de 2025, o câmbio ficar na casa dos R$ 6 e, com isso, temos um cenário preocupante, mas não de ruptura. A maior preocupação está no cenário fiscal, salvo algum desastre ocorra”, complementa. As informações são do portal de notícias g1.

 

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