Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Variedades Vera Fischer relembra medos no começo da carreira e aos 70 anos afirma se sentir a “dona do palco”

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No Dia do Artista de Teatro, comemorado na sexta-feira (19), Vera Fischer contou que se considera a dona do palco quando faz uma peça, mas revelou que nem sempre foi assim, pois, quando iniciou no teatro, após os 30 anos, o que sentia era medo. Ela está em Santos, no litoral de São Paulo, com a comédia “Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito”.

Vera lembrou que na primeira peça não conseguia ir para o meio do palco, mas, depois que foi, dominou o espaço. “Achava que quem fazia teatro era só os grandes atores, que eu não tinha essa capacidade de poder fazer teatro, de chegar no meio, ficava doente para ir para o meio do palco”.

“Acho que sou a dona do palco quando faço a peça. E o que eu amo é que o público está lá no escuro vendo a gente falar, vendo a gente se movimentar, vendo nossas expressões corporais”, destacou ela.

A atriz celebrou a retomada aos palcos após a pandemia. “Estou fazendo essa peça com 70 anos, estou muito feliz, muito agraciada. Os teatros têm lotado. Eu amo fazer televisão e cinema também, claro é outra linguagem, você faz pequeno os gestos, a voz, tudo pequeno. No teatro você é exacerbado porque você coloca toda sua alma, seu coração, sua voz, tudo para fora”.

“O teatro na minha vida acho que foi uma das coisas mais importantes para eu sentir que sou realmente uma atriz e isso aí eu boto os braços para o céu porque fiz peças muito importantes, viajei o Brasil inteiro várias vezes e isso só me dá orgulho, só me dá prazer. Então, quanto mais eu puder fazer, até quando eu puder fazer, eu vou fazer [teatro] porque acho que a arte verdadeira do ator é em cima do palco com o público vendo a gente”, disse.

Já a atriz Larissa Maciel disse que é uma alegria celebrar o dia do Artista de Teatro no palco que, segundo ela, possibilita uma experiência única. “Que é a troca que acontece entre a plateia e artista, que só acontece naquele dia, naquele instante em que o espetáculo está sendo feito”.

“Quando a gente faz na televisão e no cinema a gente vai passar pelo olhar do diretor, do montador, do editor, mas no teatro a gente faz e chega direto para o público. É o local que a gente está inteiro para o público, direto, sem intermédio de ninguém. E isso é muito mágico, muito prazeroso”, afirmou Larissa.

Para o ator Mouhamed Harfouch, não há felicidade maior para um ator do que estar no palco depois de todo o período de isolamento. “Cada vez que você pisa no palco é uma celebração. E poder celebrar o Dia do Artista de Teatro no palco é uma alegria porque o teatro é de onde eu venho, onde eu comecei e tudo na minha vida eu devo ao começo no teatro”.

“Quando o ator é do teatro tem uma coisa muito bacana, você passa meses ensaiando um espetáculo. Você fica anos fazendo espetáculo, meses fazendo um espetáculo, então você desenvolve uma habilidade de destrinchar um texto muito facilmente. Eu amo fazer TV, amo fazer cinema, já fiz vários personagens maravilhosos e devo sim ao teatro. Acho que me ajudou demais a poder desempenhar na TV e no cinema e dar o meu melhor”, finalizou.

Sobre a peça

Com duração de 80 minutos, a peça “Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito” é uma comédia ácida. No espetáculo, Vera Fischer é Dulce Carmona, uma septuagenária que recebe a notícia de que seu único filho, Lauro (Mouhamed Harfouch), vai se casar com uma mulher que ela não conhece (Larissa Maciel).

A comédia mostra a luta da mãe para dar ao filho um futuro digno de sua “classe social”. Dulce Carmona entra em uma guerra com a noiva do filho para manter a imagem da família.

Vera explicou que os três personagens falam sobre muitas coisas que acontecem no dia a dia das pessoas. Sobre sua personagem, diz ser uma mulher que “ama muito o filho, de forma obsessiva. Ela quer que ele se case com uma mulher rica para eles elevarem o status de novo”.

“O filho é um joguete no meio dessas duas mulheres que são muito poderosas e são parecidas até certo ponto. O final da peça é inesperado e gostaria que todo mundo fosse ver”, explicou.

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