Domingo, 09 de Março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 7 de março de 2025
Símbolo da luta contra a discriminação no futebol, Vini Jr. manifestou apoio ao atacante Luighi, do Palmeiras, após o jovem ser alvo de ofensas racistas em partida pela Copa Libertadores Sub-20. O craque do Real Madrid e da seleção brasileira parabenizou o atleta palmeirense por não se calar diante do ataque e criticou a Conmebol pela falta de ações para coibir os frequentes episódios de intolerância racial em competições da entidade.
“Parabéns Luighi pelo posicionamento, mano. É triste, mas fique forte”, escreveu Vini Jr, em story compartilhado em sua conta oficial no Instagram. “Até quando, Conmebol? Vocês nunca fazem nada. Nunca!”, criticou o atacante, marcando o perfil da entidade sul-americana na publicação.
O caso aconteceu durante partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, no Estádio Gunther Vogel, na região metropolitana de Assunção, no Paraguai. Luighi, de 18 anos, se dirigia ao banco de reservas após ser substituído quando um homem segurando uma criança imitou um macaco em sua direção. O atacante também recebeu cusparadas dos torcedores. Ao fim da partida, vencida pelo time brasileiro por 3 a 0, ele chorou e manifestou indignação em entrevista à Conmebol TV.
“É sério isso? Fizeram racismo comigo. Até quando? O que fizeram comigo foi crime. Você vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Você não ia perguntar sobre isso, né? Fizeram um crime comigo. Aqui é formação, a gente tá aprendendo aqui”, desabafou o Luighi, aos prantos.
Ao fim do jogo, o Palmeiras publicou um comunicado se solidarizando com Luighi e promete ir até “as últimas instâncias” para que os autores das ofensas racistas sejam punidos. Os rivais Corinthians, Santos e São Paulo também declararam apoio ao jogador e cobraram ações das autoridades.
A Conmebol divulgou uma nota oficial afirmando ser “contra todo ato de racismo e discriminação”, e que “medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área”.
(Estadão Conteúdo)
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