Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 17 de outubro de 2022
Candidato ao governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) teve de interromper agenda no Polo Universitário de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17), por causa de um tiroteio. Nas redes sociais, ele disse ter sido alvo de “ataque de criminosos”, mas afirmou que todos da sua comitiva estão bem e que um “bandido foi baleado”.
Assim que os tiros começaram, os presentes foram orientados e deitar no chão e manter distância das janelas. O motivo do tiroteio ainda está sendo investigado. Após cessar a troca de tiros, Tarcísio foi escoltado para uma van e deixou o local.
Freitas disse que a troca de tiros não foi um atentado ou uma ação motivação eleitoral. Para ele, “foi um ato de intimidação”. “Um recado claro do crime organizado de que não somos bem-vindos ali. Para mim, foi uma questão territorial, não tem nada a ver com questão eleitoral”, afirmou durante coletiva de imprensa.
O candidato reforçou que não há motivo para politizar o ocorrido. “Não estou politizando, estou falando que o crime não quer a presença do Estado, quer ter seu território”, afirmou. Apesar disso, disse que os criminosos querem dizer que têm um lado, que não é o dele. A campanha vai seguir normalmente, segundo ele.
Apesar das declarações do candidato e do relato da própria polícia paulista, apoiadores de Tarcísio e do presidente Jair Bolsonaro buscam viralizar nas redes sociais a tese que de ele foi vítima de um atentado, reproduzindo ainda desinformação associado os candidatos do PT à Presidência e ao governo paulista, Lula e Fernando Haddad, ao PCC.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, oito pessoas entraram em confronto com os seguranças de Tarcísio, que estavam à paisana fazendo a proteção do candidato. Dois deles portavam armas longas. A polícia ostensiva isolou o local quando a troca de tiros começou. O prédio em que a equipe do ex-ministro estava e a van que o transportou não foram baleados. A Secretaria afirma que os tiros ocorreram a 100 metros do local.
O presidente do G10 Favelas e líder comunitário Gilson Rodrigues lamentou o ocorrido, mas argumentou que nenhum representante da organização ou da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis foi informada da visita de Tarcísio.
“Paraisópolis tem uma tradição em receber políticos, autoridades, artistas e personalidades por ser uma comunidade pacífica e organizada”, afirmou em nota. Paraisópolis é uma das maiores favelas do País, emblemática por fazer divisa com o Morumbi, bairro de alto padrão.
No Ar: Pampa Na Tarde