Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024

Home Brasil Voo com destino a Miami retorna para o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após sofrer turbulência

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Um Boeing 777 com destino a Miami, nos Estados Unidos, teve que retornar ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos – seu local de origem – após passar por turbulência na madrugada desse domingo (24).

Em nota, a American Airlines, companhia aérea do voo, informou que a aeronave pousou com segurança em Cumbica. Segundo a empresa, um passageiro foi encaminhado a um hospital local para realizar avaliação adicional. Não foram divulgadas mais informações sobre o passageiro.

Ao todo, a aeronave transportava 221 passageiros e 12 tripulantes. O voo foi remarcado para a noite desse domingo. No site Flight Radar, é possível ver que o avião estava passando pelo estado de Tocantins quando deu meia-volta (veja abaixo). A aeronave era um Boeing 777, que transportava 221 passageiros e 12 tripulantes.

Total Cargo

No início do mês, no dia 9, um avião cargueiro da Total Cargo realizou um pouso de emergência no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, após a tripulação detectar fogo no porão da aeronave. Ao tocar o solo, uma bola de fogo saiu da fuselagem, cena registrada pelas câmeras de segurança. Não houve vítimas.

A Força Aérea Brasileira informou que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) está investigando o incidente.

O que é turbulência

Os passageiros frequentes estão familiarizados com os solavancos repentinos que podem acontecer quando uma aeronave entra em área de turbulência. Ela pode mover o avião e causar mudanças repentinas de altura.

A maior parte da turbulência ocorre nas nuvens, onde há correntes de vento ascendentes e descendentes, de acordo com Simon King, da BBC Weather, ex-oficial da Força Aérea Real britânica.

Grande parte das turbulências são leves, mas em nuvens maiores — como a nuvem de trovoada cumulonimbus — os movimentos caóticos do ar podem causar turbulência moderada ou mesmo grave.

Existe outro tipo de turbulência chamada turbulência de “ar limpo” — que, como o nome indica, não tem nuvens e não pode ser detectada.

Esse tipo de turbulência acontece em torno da corrente de jato, um “rio” de ar de fluxo rápido que normalmente é encontrado entre 40 mil e 60 mil pés, diz o piloto acadêmico e comercial de aviação Guy Gratton.

“É possível ter uma diferença de velocidade de 160 km/h entre o ar na corrente de jato e o ar circundante”, diz.

“O atrito em torno da corrente de jato entre o ar mais lento e o mais rápido causa turbulência. Isso está sempre acontecendo e é difícil evitar”, afirma.

Se for um voo da Europa para a América do Norte, por exemplo, é difícil evitar esse choque completamente, diz Gratton, e isso pode resultar em períodos de forte turbulência.

É perigoso?

As aeronaves são projetadas para suportar o pior que a turbulência pode causar, diz Gratton, professor associado de aviação e meio ambiente na Universidade de Cranfield, na Inglaterra.

É “improvável” que a turbulência destrua uma aeronave, acrescenta.

No entanto, passar por uma não faz nenhum bem à aeronave, e é por isso que os pilotos tentam evitá-las — e acendem o sinal do cinto de segurança.

A turbulência pode ser perigosa para as pessoas quando ela provoca movimentos muito bruscos, o que pode lançar pela cabine um passageiro sem cinto de segurança.

Mas os especialistas em segurança da aviação dizem que as mortes e os ferimentos resultantes da turbulência continuam a ser raros.

John Strickland, especialista em aviação, diz que os ferimentos causados ​​por turbulências severas eram “relativamente raros” no contexto dos milhões de voos que já aconteceram. As informações são dos portais de notícias G1 e BBC.

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