Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 27 de abril de 2022
No ano passado, a Apple revolucionou o mundo das redes sociais ao impor restrições rígidas em anúncios de terceiros em seus iPhones. Isso atingiu a Meta, dona do Facebook e do Instagram, e outras redes sociais centradas em dispositivos móveis, como o Snapchat. O Google ficou relativamente isolado porque é menos dependente dessa forma de anúncios direcionados. Mas não o YouTube.
Anteriormente, o Google dizia que as mudanças nas regras de privacidade da Apple teriam um pequeno impacto em sua plataforma de vídeos, mas seus executivos disseram que o YouTube viu uma desaceleração no crescimento de anúncios de resposta, os formatos de publicidade que usam a segmentação para alcançar consumidores.
A publicidade no YouTube foi o elo mais fraco nos resultados do primeiro trimestre da Alphabet, registrando apenas um aumento de 14%, somando US$ 6,87 bilhões, mais de US$ 500 milhões abaixo das estimativas dos analistas. Um ano antes, a unidade de vídeo relatou salto de 48% em igual período
Arma contra o TikTok
Os líderes do Google ficaram felizes em discutir a resposta do YouTube ao TikTok – o Shorts. O YouTube lançou no ano passado o dispositivo para vídeos curtos na vertical, ao estilo do TikTok, em seu aplicativo e site.
A empresa manteve o Shorts livre de comerciais, pagando criadores de conteúdo de acordo com suas métricas de desempenho.
Essa experiência sem anúncios está terminando. Agora, o YouTube está começando a testar anúncios dentro do Shorts, anunciou o chefe de vendas do Google, Philipp Schindler, aos investidores.
Sgundo Schindler, a empresa foi “incentivada pelo feedback e resultados do anunciante”.
“Também havia muito entusiasmo sobre Shorts na época do TikTok, mas claramente ainda é muito cedo para eles”, disse Joanna O’Connell, analista de publicidade da Forrester.
O Google informou que o Shorts recebe 30 bilhões de visualizações diárias, quatro vezes mais do que um ano antes.
Mas, embora tenha aumentado a audiência, tirou parte do tráfego dos vídeos mais longos, de onde vem todo o dinheiro do Youtube, acrescentou a diretora financeira Ruth Porat.
Brasil excluído
O Brasil foi o terceiro país que mais teve vídeos removidos por violações dos termos de comunidade do TikTok em 2021. O País ficou atrás apenas de Estados Unidos e Paquistão, segundo os números divulgados nos relatórios oficiais da rede social.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram excluídos mais de 23,4 milhões de conteúdos brasileiros, de acordo com dados consolidados pelo portal g1 a partir dos documentos da rede social.
Os cinco países que mais tiveram conteúdo excluído em 2021 foram Estados Unidos: 46,8 milhões; Paquistão: 28,9 milhões; Brasil: 23,4 milhões; Rússia: 21,3 milhões; e Indonésia – 14,1 milhões.
O TikTok não especificou quais as regras que os brasileiros mais desobedecem para que seus vídeos sejam excluídos. Globalmente, o aplicativo indica que o principal motivo para remover vídeos e contas da plataforma é a violação das políticas para segurança de menores. A plataforma proíbe usuários menores de 13 anos.
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